O metal precioso que está criando uma nova ‘febre do ouro’
|BBC
Se o ouro já foi o grande ímã de garimpeiros no oeste americano, agora é o cobalto quem faz esse papel.
O garimpo de cobalto não acontece há décadas nos Estados Unidos. Mas agora um grupo de empresas de mineiração está nos Estados americanos de Idaho, Montana e Alasca em busca do mineral azul prateado.
São exemplos do interesse crescente em cobalto – um componente chave nas baterias de íon-lítio, muito utilizadas em aparelhos eletrônicos portáteis e carros elétricos.
No passado, o fornecimento de cobalto dependia dos mercados de cobre e níquel, metais mais valiosos tipicamente extraídos junto com o cobalto.
Mas o crescimento dos preços de cobalto e a previsão do crescimento de consumo, de 8% a 10% por ano, fizeram seu status mudar, diz George Heppel, analista senior na empresa de pesquisas CRU Group em Londres.
Cerca de 300 empresas no mundo estão agora à caça de depósitos de cobalto, estima a CRU.
Gigantes de mineração como a Glencore também estão impulsionando a produção na República Democrática do Congo, onde a maior parte do cobalto do mundo se encontra.
Nos Estados Unidos, uma produção pequena de cobalto começou em 2014 pela primeira vez em cerca de quatro décadas.
A empresa First Cobalt, do Canadá, comprou uma mina no Estado de Idaho, nos EUA, e diz esperar que a produção esteja avançada em cerca de três anos.
O foco é cobalto, segundo o chefe executivo da empresa, Trent Mell, e não o cobre ou outro metal.
“Mineradores como nós nunca fomos buscar cobalto, de fato”, ele diz. “Há muito cobalto no mundo. Como mineradores, estamos para trás.”
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