MPT planeja operar mina no Pará
A Mineração Pará Tungstênio (MPT) planeja uma operação em larga escala de até 1,2 ktpy WO3 em seu projeto em Rio Maria (PA), com escopo para aumentar ainda mais a capacidade, dependendo dos resultados da exploração. A companhia estima que um minério de alta qualidade de 0,4-0,5% de WO3 possa ser produzido, o que a tornaria uma das minas de tungstênio de maior qualidade do mundo. A MPT calcula o start-up para o segundo semestre de 2021, mas está sujeito a interrupções devido à pandemia do COVID-19.
O Brasil possui várias minas de concentrado de tungstênio em pequena escala, que, juntas, produziram uma média de 175 a 500 toneladas anuais de metal (W) contido entre 2011 e 2019. Se as operações em estado estacionário puderem ser alcançadas, o projeto da MPT pode levar o Brasil a figurar no rol dos principais produtores mundiais de tungstênio, em que apenas cinco países – China, Vietnã, Rússia, Coreia do Norte e Bolívia — produziram mais de 1 mil t de wolframita em 2019.
De acordo com a Roskill, o projeto da MPT é um dos pequenos projetos que devem entrar em operação nos próximos anos, que somam pouco menos de 20 mil t/ano de capacidade entre 2021 e 2023. Estas minas estão na Austrália e Espanha e com metas de capacidade semelhantes às da MPT. Entre projetos de grande escala estão o Sisson, da Northcliff Resources (5,5 mil t/ano W) e o Sangdong, da Almonty Korea Tungsten (3,5 mil t/ano W) e que também devem entrar durante esse período. Segundo análise de oferta e demanda da Roskill, cinco novas minas de tungstênio com capacidades superiores a 1 mil t/ano W serão necessárias em 2024, passando para nove em 2029.
Fonte: Brasil Mineral