SETOR MINERAL BRASILEIRO DEVE CAIR 4,5% POR CAUSA DA PANDEMIA

SETOR MINERAL BRASILEIRO DEVE CAIR 4,5% POR CAUSA DA PANDEMIA

O setor mineral brasileiro deve ter uma redução da ordem de 4,5% por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), conforme estimativa do Banco Mundial. Dados divulgados na quarta-feira (18) pelo Ministério de Minas e Energia (MME), do primeiro trimestre deste ano, já mostram recuo em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo o levantamento, compilado pela Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SGM) e atualizado trimestralmente, o saldo da balança comercial do setor mineral fechou o 1º trimestre de 2020 favorável em US$ 5,2 bilhões, somando exportações de US$ 11 bilhões, reduzidas em 3,6%, e importações de US$ 5,8 bilhões, inferiores 11%, na comparação com o mesmo período de 2019.

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Entre janeiro e março de 2020, a participação das exportações do setor mineral no total das exportações brasileiras foi de cerca de 22%, com destaque para as exportações de minério de ferro, responsáveis por 9,3% do total das exportações brasileiras. Já as importações do setor mineral representaram, no mesmo período, 13,5% do total das importações do país, conforme os dados.

O MME mostra que, com referência apenas à mineração, no 1º trimestre de 2020, as exportações totalizaram US$ 5,6 bilhões, apresentando um pequeno declínio, da ordem de 3%, “atribuído, principalmente, à redução (17%) do volume de exportação do minério de ferro, principal item dessa pauta, com participação de 82%”.

Quanto às importações da mineração, no comparativo com mesmo período do ano anterior, o levantamento mostra uma considerável queda de aproximadamente 40%, passando de US$ 2 bilhões para US$ 1,2 bilhão, justificado, principalmente, “pelo declínio em volume das compras de carvão metalúrgico e potássio, principais commodities dessa pauta”.

Já a arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) no 1º trimestre de 2020, segundo os dados, foi aproximadamente 17% maior que o mesmo período de 2019. “Tal comportamento pode ser atribuído, em grande parte, à variação positiva do preço do minério de ferro (alta de 9% na comparação entre os períodos) e à desvalorização cambial”, afirma o relatório. No entanto, quando se compara o 1º trimestre de 2020 ao 4º trimestre de 2019, a arrecadação diminuiu cerca de 18%.

No começo do ano, conforme o MME, as perspectivas de crescimento do setor mineral brasileiro “eram muito favoráveis”, com aumento nos investimentos na ordem de 17%, alcançando US$ 35,2 bilhões, no período de 2020 até 2024.

Fonte: Notícias de Mineração Brasil/ADIMB

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