FERTILIZANTES
Bahia anuncia reabertura da Fafen
Por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), o Governo do Estado da Bahia assinou protocolo com a Proquigel para a reabertura da unidade baiana da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen). O projeto receberá investimentos de R$ 95 milhões e deve gerar 1 mil vagas na manutenção preliminar e 320 empregos diretos, quando a empresa voltar a operar, no município de Camaçari (BA). A unidade está arrendada pela Proquigel.
Com o processo de reabertura, a Fafen produzirá amônia, ureia e dióxido de carbono, com capacidade de produção de até 3,38 mil toneladas/dia. De acordo com a empresa, a previsão da operação é o início 2021. “É importante ressaltar o esforço do Governo do Estado para reabertura da Fafen, única produtora nacional de fertilizante nitrogenado. Esta unidade tem uma importância enorme para a Bahia e o País. Com a sua hibernação, o produto passou a ser importado. A maior reivindicação era a questão do gás e o governo trabalhou para regulamentar o consumidor livre, permitindo que os usuários negociem seu próprio suprimento. Outra questão importantíssima será a parte social, com a criação de novos empregos”, afirma o vice-governador, João Leão, secretário da pasta.
Além da Fafen-BA, a Proquigel, que faz parte da petroquímica Unigel, arrendou também a Fafen em Sergipe. Segundo Roberto Fiamenghi, diretor de Relações Institucionais da Unigel, a hibernação da unidade foi muito ruim para os funcionários que perderam seus empregos e para o mercado, pois com o fechamento, 100% do fertilizante nitrogenado começou a ser importado. O projeto de reativação está sendo feito nas duas unidades.
O protocolo assinado prevê o diferimento do imposto na compra ou importação do gás natural, além de outros incentivos para operação da Fafen. A mudança no mercado baiano aconteceu com a assinatura da Resolução 23/2020 pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), no mês de abril. De acordo com o Informe de Petróleo e Gás da SDE, a medida traz um novo fôlego à cadeia da indústria de gás natural, permitindo que os usuários do serviço de gás canalizado, com consumo maior ou igual a 300 milímetros cúbicos por mês (Mm³/mês), negociem seu suprimento no ambiente do mercado livre.
Fonte: Brasil Mineral