BRASIL EXPORTA URÂNIO ENRIQUECIDO PARA ARGENTINA

BRASIL EXPORTA URÂNIO ENRIQUECIDO PARA ARGENTINA

Em tempos de pandemia do novo coronavirus, foi preciso verdadeiro aparato logístico de segurança para o transporte do componente nuclear.

Pela quarta vez, reatores nucleares da Argentina serão alimentados com urânio enriquecido brasileiro. A exportação de urânio enriquecido está prevista para acontecer no final do ano ou início de 2021, segundo a estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), do Ministério de Minas e Energia. O volume da exportação e o valor do negócio estão sendo mantidos em sigilo.

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A terceira exportação, em maio, foi de urânio enriquecido a 4,15%, na forma de pó de UO2, destinados aos reatores nucleares de Atucha e o modular Carem-25. Em tempos de pandemia do novo coronavirus (Covid-19), um verdadeiro aparato logístico de segurança envolveu o transporte. Saiu no dia 7 de maio da Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), no município de Resende, no Estado do Rio de Janeiro (RJ), e foi entregue a Combustibles Nucleares Argentinos (Conuar) quatro dias depois.

Para se ter ideia, a operação mobilizou instituições federais, estaduais e municipais, como a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Itamaraty, Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ministério de Minas e Energia, Ministério da Justiça, Polícia Rodoviária Federal (PRF), sob a coordenação do Centro Integrado de Comando e Controle Nacional, em Brasília. Técnicos da INB fizeram a segurança física e radiológica do trajeto até a Argentina.

As exportações anteriores ocorreram em 2016 e 2018. Na primeira, foram entregues 4.100 kg de urânio enriquecido de 1,9%, 2,6% e 3,1% no valor de USD 4.378.190,00. Na segunda, o montante vendido foi de 1.500 kg de pó de UO2, a 4,15%. Nas duas operações o valor global foi de USD 1.755.000,00.

A direção da INB quer firmar a empresa como fornecedora qualificada da Conuar, de olho em futuros negócios. No território brasileiro, urânio é o que não falta. Mas há um longo caminho a percorrer até chegar ao produto, nas condições para o seu enriquecimento.

Fonte: Defesa TV/ADIMB

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