PLATAFORMA DIGITAL PERMITIRÁ NEGOCIAÇÃO DE COMMODITIES MINERAIS EM NUVEM
A partir de próximo ano mineradoras e interessados em comprar minérios terão um novo espaço para negociar. Em 15 de janeiro está previsto o início do funcionamento da Minery, plataforma destinada ao comércio de commodities em nuvem que permitirá negociação direta entre produtores e compradores de minerais, sem intermediários.
Criada em 2018 pelo seu atual diretor-executivo, Eduardo Gama, em parceria com o diretor de Marketing, Raphael Jacob, a startup acaba de receber aporte de R$ 3 milhões liderado pela Happy Capital. Os recursos, segundo a empresa, vão auxiliar no desenvolvimento da plataforma e permitir a contratação de profissionais.
“Nós queremos mostrar ao Brasil que a mineração não é insustentável. A Minery já nasceu de forma sustentável, porque somos 100% digitais. Com essa rodada (de investimento), conseguiremos investir em operação, tecnologia e talentos – fatores primordiais para ajudar a nossa startup com os desafios do sistema existente e que estamos buscando enfrentar”, salientou diz Raphael Jacob.
Por enquanto, o sistema funciona no sistema closed-beta, mas já tem aproximadamente 30 mineradoras de micro, pequeno e médio portes cadastradas. Ainda de acordo com a Minery, as empresas já aptas a negociar na plataforma são produtoras de ferro, bauxita, cassiterita, manganês, columbita, tantalita, malaquita e agregados. “Só não trabalhamos ainda com (minerais) preciosos e rochas ornamentais”, informou a companhia por e-mail ao Notícias de Mineração Brasil.
A companhia ressalta outro detalhes que diferencia a plataforma dos demais sistemas de negociações de commodities usados atualmente: as cotações são definidas pelos próprios produtores e podem ser acordados com os compradores.
“Geralmente os índices internacionais tem o preço pautado no minério já nos portos, no destino. O preço de origem ainda é um mistério no mercado e dá margem para muita especulação”, observou a companhia, ressaltando que a plataforma “poderá oferecer preços competitivos” já que dispensa o envolvimento de intermediários nas negociações.
Seleção
De acordo com a Minery, as empresas já incluídas na plataforma foram selecionadas, entre outro setores, pelo fato de possuírem setores de pesquisa e desenvolvimento e que “buscavam inovação a curto prazo”.
Em dezembro, a empresa deve abrir o cadastro para empresas interessadas em participar da fase open-beta do sistema. Mas a empresa ressalta que é preciso cumprir uma série de requisitos para garantir a segurança e confiabilidade das transações, assim como compradores interessados em negociar na plataforma, anunciada como o “primeiro marketplace do mundo para negociação de commodities minerais em nuvem”.
“Somos um marketplace que facilita o aumento de competitividade na compra e venda de commodities minerais e garante que as negociações sejam mais eficientes e seguras. Na Minery, trabalhamos como um agente neutro entre mineradores e compradores, garantindo que as partes cumpram todas as etapas dos acordos firmados dentro da nossa plataforma. Tudo isso, 100% digital e com alta tecnologia de criptografia e blockchain”, frisou Eduardo Gama. A Minery pode ser acessada aqui.
Fonte: Notícias de Mineração Brasil/ADIMB