Artigo sobre distrito aurífero no Quadrilátero Ferrífero
O documento mostra a modelagem gravimétrica na região do Sinclinório Pitangui, importante distrito aurífero no Noroeste do Quadrilátero Ferrífero.
O Serviço Geológico do Brasil publicou o artigo ‘Gravity surveys and 3D integrated model with magnetic and geological data of the granite-greenstone terrane in Pitangui Synclinorium, NW of the Quadrilátero Ferrífero (MG, Brazil)’, de autoria dos pesquisadores Caio Matos, Paulo Henrique Amorim, Marcelo Marinho, Yara Marangoni (USP), Joanna Araújo, Roberto Gusmão e Julio Lombello. O documento mostra a modelagem gravimétrica na região do Sinclinório Pitangui, importante distrito aurífero no Noroeste do Quadrilátero Ferrífero.
O trabalho foi realizado a partir da modelagem gravimétrica 2D, análise de linhas sísmicas e de perfis geológicos, os quais foram integrados em 3D utilizando o software Leapfrog™. O resultado é a geometria tridimensional do greenstone belt de Pitangui, a principal unidade que hospeda as mineralizações auríferas da região. “A modelagem contribui muito para a compreensão do arcabouço tectônico da área, além de trazer importantes implicações metalogenéticas”. Para Marcelo Marinho, gerente de geologia e recursos minerais da Superintendência Regional de Belo Horizonte, o resultado final traz novas perspectivas acerca do potencial mineral da região. A partir desse modelo estima-se que 60% da unidade hospedeira do ouro esteja abaixo da cobertura sedimentar”, diz o geofísico Caio Matos.
A publicação consiste em um dos produtos da Modelagem 3D do Quadrilátero Ferrífero, inserido no Projeto Estratigrafia, Arquitetura Crustal e Recursos Minerais do Quadrilátero Ferrífero, executado pela Gerência de Geologia e Recursos Minerais de Belo Horizonte. A mesma metodologia descrita no artigo tem sido desenvolvida nas demais regiões do projeto e trabalhos preliminares nas porções central, oeste e sudeste do Quadrilátero Ferrífero foram apresentados no ‘17th International Congress of the Brazilian Geophysical Society’ no ano de 2021.
O projeto prevê ainda construir modelos tridimensionais de mais 40.000 km², abrangendo todas as principais unidades geológicas do Quadrilátero Ferrífero. As próximas etapas do projeto incluem a modelagem 3D do Greenstone Belt Rio das Velhas e a realização de um modelo de potencial mineral em 3D para ouro orogênico do Quadrilátero Ferrífero. O artigo pode ser conferido no https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0895981122001183?via%3Dihub.
Fonte: Brasil Mineral