SUSTENTABILIDADE – Legado Verdes do Cerrado completa seis anos

SUSTENTABILIDADE

Legado Verdes do Cerrado completa seis anos

O projeto já estabeleceu mais de 20 parcerias com instituições de ensino e pesquisa, 11 projetos de pesquisas científica com 107 pesquisadores envolvidos.

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Legado Verdes do Cerrado. Foto: Luciano Candisani

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) comemora seis anos de investimento no projeto Legado Verdes do Cerrado, a única Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável (RPDS) da região Centro-Oeste, localizada em Niquelândia (GO). O balanço do projeto já registrou 1.670 espécies da fauna e flora aquática e terrestre, das quais uma delas integra a lista de novas descobertas mundiais; a formação de um dos maiores bancos de sementes de espécies da flora nativa do País; recuperação e proteção de nascentes, além de um projeto inédito de crédito de carbono no bioma Cerrado.

A CBA protege grande parte do Cerrado desde a década de 1940, mas em 2017, junto com a Reservas Votorantim, assinou um protocolo de intenções com o governo do Estado de Goiás para transformar os núcleos Engenho e Santo Antônio da Serra Negra (de propriedade da CBA), em Niquelândia, na primeira Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável de Cerrado no País, o Legado Verdes do Cerrado, com 32 mil hectares. O projeto já estabeleceu mais de 20 parcerias com instituições de ensino e pesquisa, 11 projetos de pesquisas científica (considerando internos e com parcerias externas) – deste total, três são novos –, 107 pesquisadores envolvidos, gerando mais de 20 publicações, entre teses, artigos científicos, capítulos de livros e outras divulgações científicas.

O trabalho de levantamento da fauna e da flora existentes no território indicou que a Reserva abriga 12% de toda flora do bioma, dos quais 2% são de espécies endêmicas do Cerrado. Outro destaque nas pesquisas com flora foi a descoberta da Erythroxylum niquelandense, uma planta com propriedades que podem ser utilizadas em medicamentos para o tratamento de doenças como o câncer e Aids, integrando a lista de novas descobertas mundiais, publicada em um artigo na revista científica Phytotaxa Magnolia Press, da Nova Zelândia.

O balanço realizado pela CBA nestes seis anos lembra ainda do Centro de Biodiversidade, que une pesquisa científica com a produção de espécies nativas da flora. Inaugurado em 2018 e ampliado em 2019, o espaço tem capacidade de produção de 250 mil mudas por ano e, atualmente, atende a demanda de projetos de restauração, principalmente nos estados de Goiás e Minas Gerais, de parceiros da Reserva, instituições e proprietários rurais, além de prefeituras em projetos de recuperação da flora e paisagismo urbano. “O Brasil se comprometeu com a meta de restaurar 12 milhões de hectares de áreas degradadas até 2030. Deste total, 5 milhões estão localizados no Cerrado. Portanto, iniciativas como o banco de sementes e o Centro de Biodiversidade são essenciais para contribuir com as metas nacionais e internacionais de desenvolvimento sustentável, como as elencadas pela Década da Restauração, instituída pela ONU [Organização das Nações Unidas]”, diz David Canassa, diretor da Reservas Votorantim, empresa gestora do Legado Verdes do Cerrado.

Na fauna, o balanço aponta 90 espécies animais já registradas, dentre elas, destaque especial para a onça-pintada e o cachorro-vinagre. Para a onça-pintada, a Reserva é um importante e seguro corredor ecológico, já que a CBA investe no monitoramento de todo o território. Para o cachorro-vinagre, o Legado é um refúgio no Cerrado, já que a espécie, segundo projeções da ciência, tem a probabilidade de 100% de extinção em 100 anos neste bioma.

As pesquisas científicas na Reserva também ajudaram na melhoria do manejo nas áreas produtivas, segundo o balanço. “Na agropecuária, com a criação de gado e o cultivo de soja e milho, optamos por práticas com manejo integrado, visando a diminuição de defensivos químicos e a preferência por produtos biológicos. Implantamos o cultivo de frutas nativas no sistema agroflorestal e estamos avançando na integração de lavoura e pecuária, obtendo bons resultados e maior conservação dos recursos naturais. Essas melhorias só foram possíveis graças ao modelo de negócio aplicado na gestão da área, baseado no múltiplo uso do solo. Para o melhor manejo, estamos sendo guiados pelas pesquisas científicas. Aliando conservação ambiental à nova economia integrada com atividades convencionais, o Legado vem demonstrando que esse novo modelo é possível, sendo um indutor do desenvolvimento sustentável da região”, comemora o diretor.

Na área hídrica, a CBA por meio do Legado Verdes do Cerrado, investe na conservação do rio Traíras, um dos mais importantes da região. O Traíras responde pelo abastecimento de todo município de Niquelândia, com 46 mil habitantes, e compreende a bacia hidrográfica de Tocantins, junto ao Rio das Almas. Além da conservação de matas ciliares e a recuperação de áreas degradadas dentro e fora dos limites da Reserva, até o momento, a CBA já investiu mais de R$ 300 mil em iniciativas voltadas à conservação do Rio Traíras.

Fonte: Brasil Mineral

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