Seminário debate papel estratégico da mineração e agronegócio no desenvolvimento de Catalão
No dia 14 de maio, Catalão será palco do 1º Seminário do Setor Mineral, promovido pela Câmara Setorial da Mineração (Casmin) da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), em parceria com a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio. Realizado na sede da ACIC/CDL, o evento pretende reunir empresários, gestores públicos e pesquisadores para discutir o papel da mineração no desenvolvimento regional e sua interligação com o agronegócio e a cadeia produtiva local. O seminário marca um esforço conjunto para valorizar uma das atividades econômicas mais relevantes da cidade. “Catalão é uma terra rica em minério e em fosfato. Empresas têm que prospectar Catalão, descobrir mais. Nós vamos tentar dar as condições para que possam vir. Para nós, é um prazer recebê-los”, afirmou o secretário municipal de Indústria e Comércio, Giovani Cortopassi. Segundo ele, o objetivo é atrair novas empresas e fortalecer o setor mineral como vetor de desenvolvimento. Com destaque nacional na produção de nióbio e fosfato, Catalão abriga atualmente 33 empresas de mineração, entre grandes, médias e pequenas, voltadas à extração de ouro, rochas ornamentais, argilas, bário e agregados para construção civil. Em 12 anos, segundo dados da FIEG, a arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) no município cresceu aproximadamente 200%, saltando de R$ 4,9 milhões em 2010 para R$ 16,9 milhões em 2022 – um total de R$ 110,4 milhões no período. As operações de fosfato e nióbio foram as principais responsáveis por esse crescimento. Só em fosfato, arrecadaram-se R$ 48,9 milhões, sendo a Ultrafértil responsável por 82% desse valor. Já o nióbio gerou R$ 89,4 milhões em receitas, com destaque para a atuação da Niobras, que concentrou mais de 75% da arrecadação.


Integração com o agro e geração de renda A proposta do evento vai além do setor mineral: pretende aproximar também o agronegócio e outras áreas da economia local. Para o presidente da Casmin, Wilson Borges, o seminário é uma oportunidade de diálogo entre diferentes setores e atores sociais. “Este seminário tem como principal objetivo criar uma sinergia entre o setor mineral, o poder público e a comunidade sobre a importância da mineração para o desenvolvimento socioeconômico”, afirmou. O setor mineral não apenas gera empregos, mas também tem impacto direto no agronegócio. Borges menciona que insumos como fósforo e potássio, derivados da mineração, são fundamentais para a produtividade agrícola. Além disso, combinada ao agronegócio, a mineração pode ampliar o acesso a recursos hídricos essenciais para a irrigação e o cultivo, por meio de projetos de conservação e manejo sustentável da água desenvolvidos em parceria com as atividades do setor. A troca de tecnologias entre os setores também têm potencial de inovação, especialmente em áreas como geoprocessamento. “O seminário servirá para estreitar esse desenvolvimento entre as partes. É isso que nós queremos, é isso que o nosso prefeito deseja: que possamos juntos crescer e trazer mais desenvolvimento para a nossa cidade”, ressaltou Cortopassi. Mineração e sustentabilidade. Outro ponto central do seminário será o debate sobre mineração responsável e sustentabilidade. Segundo Borges, o encontro irá abordar temas como economia circular, licenciamento ambiental e boas práticas de gestão no setor. “Vamos debater as principais questões da região, as boas práticas adotadas pelas empresas do setor mineral e a importância da mineração para a mudança da matriz energética, segurança alimentar, descarbonização e manejo responsável”, explicou. Além disso, o evento pretende evidenciar como os recursos oriundos da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) têm sido revertidos em melhorias para a população. “Toda a renda da CFEM é muito bem-vinda para Catalão. Ela é distribuída nas nossas necessidades de educação, de cultura, de saúde. Tudo que nós possamos fazer, nós estamos fazendo, para desenvolver cada vez mais”, afirmou o secretário. Hoje, mais de dois mil trabalhadores atuam diretamente em mineradoras na cidade, o que, segundo Cortopassi, representa uma importante fonte de renda e dinamização econômica. “Eles compram casas, eles gastam, eles produzem. É de suma importância para a economia da cidade. A mineração traz emprego, renda e desenvolvimento”, concluiu.
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Fonte: Minera Brasil