ANÁLISE DO SETOR MINERAL GOIANO

ANÁLISE DO SETOR MINERAL GOIANO

A Bahia registrou crescimento de 50% na produção mineral no primeiro semestre.

O resultado coloca a Bahia em terceiro lugar no ranking nacional dos maiores produtores de bens minerais.

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Por Conexão Mineral 25/06/2021

O setor mineral baiano vai registrar um aumento de mais de 53% em sua produção no primeiro semestre de 2021, em relação ao mesmo período de 2020. A constatação foi feita com base nos dados divulgados pela Agência Nacional de Mineração (ANM), e utilizados para um balanço semestral realizado pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). A produção mineral bruta comercializada passou de R$ 3,7 bilhões, contra R$ 2,7 bilhões no período de 2020. O resultado coloca a Bahia em terceiro lugar no ranking nacional dos maiores produtores minerais, ficando atrás apenas de Minas Gerais e Pará.

Comentário da AGEGO: o TERCEIRO LUGAR foi ocupado pelo Estado de Goiás por muito tempo, perdendo agora no último semestre para a Bahia. O que se observa é que em nosso estado os diversos governos pós décadas de 1970/1980, quando tínhamos uma política de grande atenção para o Setor Mineral com a atuação vigorosa da empresa estatal METAGO atuando em sintonia com os programas de governo capitaneados pela Secretaria Estadual de Mineração. Naquela época o modelo adotado por Goiás foi copiado e implantado em diversos estados brasileiros. A equipe técnica da METAGO era de primeira grandeza e chegou a contar com mais de 50 colaboradores de nível superior entre eles Geólogos, Engenheiros de Minas, Químicos, etc. com apoio de uma equipe de técnicos e auxiliares experientes nas mais diversas funções. Esta estrutura voltada para o Setor Mineral consolidou o estado como um dos players mais importantes na produção de bens minerais do Brasil, ocupando por várias décadas a terceira posição atrás de MG e PA. O desmonte desta estrutura foi feita de forma lenta e constante, acentuando-se nos últimos 10 anos. Primeiro acabaram com a METAGO e criaram a Superintendência de Mineração, venderam as jazidas de calcário e outras participações em empreendimentos minerários. Implantaram o FUNMINERAL, que também pouco contribuiu para o setor em função das altas taxas cobradas e prazos inviáveis. O CTM – Centro de Tecnologia Mineral foi desativado para ceder a área onde estava instalado a secretarias de estado. Por fim, neste ano, até a Superintendência de Mineração foi extinta. Resumindo, hoje na estrutura administrativa de Goiás não existe nenhum órgão, secretaria ou instituição que seja responsável pelo Setor Mineral. O legado criado pelo líder Mauro Borges foi dilapidado pelos seus sucessores ora com intensidades variadas, culminando com o atual desgoverno que simplesmente apagou qualquer apoio ao setor. Hoje o setor encontra-se abandonado e os diversos segmentos organizados como o Legislativo, o empresariado e mesmo os prefeitos dos municípios onde há produção significativa de minérios, estão omissos com esta falta de consideração para esta importante fonte de renda e desenvolvimento dos goianos

A AGEGO (Associação dos Geólogos de Goiás) em todo este período contribuiu nas discussões com diagnósticos e sugestões para o setor mineral Goiano, vem mais uma vez constatar a situação difícil por que passa o setor e cobrar do governo do estado para que desenvolva ações e políticas de fomento e investimentos, no sentido de colocar Goiás novamente em lugar de destaque no cenário nacional, dada a importância da mineração para o desenvolvimento socioeconômico do estado.

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