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ÁGUAS MINERAIS – POSSIBILIDADES DE CONTAMINAÇÕES E PROPOSTA DE CONTROLE

O consumo de água mineral do Brasil é nitidamente crescente. Diversos fatores contribuem para esta tendência, mas um dos principais é que a água ofertada pelos serviços de tratamento e distribuição de água, em muitos casos, não transmite segurança para o consumidor. Este comportamento deve continuar a crescer com o aumento da taxa de urbanização da população.

 

Exemplos ou indícios de águas minerais contaminadas são reportadas em trabalhos técnicos (no Brasil e exterior) e também na imprensa. Listaremos sinteticamente alguns exemplos com o objetivo de registrar a importância dessa questão e propor maneiras mais transparente de controle de qualidade química.

Birke et al. (2010) analisaram, na Alemanha, 908 amostras de águas engarrafadas e 164 amostras de “águas de torneiras”. As amostras foram criteriosamente coletadas e analisadas para uma bateria de 71 parâmetros químicos. Apesar do rígido controle ambiental naquele país, os resultados apresentaram os seguintes principais parâmetros com amostras de águas engarrafadas com teores acima de limites recomendados (tabela 1).

Tabela 1 – Comparação de concentrações de parâmetros de águas minerais na Alemanha, com limites recomendados (action levels)

Pesquisas relativamente semelhantes as desenvolvidas na Alemanha são reportadas na Itália (Cicchela et al. 2010); Polônia (Astel et al., 2014); Portugal (Eggenkamp & Marques, 2013); Estônia (Bityukova & Petersell, 2010) e Hungria (Fugedi et al., 2007).

No trabalho desenvolvido na Polônia (Astel et al., 2014) foi observado que a comparação da composição dos rótulos e os resultados analíticos indicou divergências médias significativas entre os valores declarados e medidos.

Uma constatação dessas pesquisas multielementares é que usualmente apenas as concentrações dos elementos maiores são reportadas nos rótulos, enquanto que os elementos traços são ignorados. Selinus et al (2005) indicam que enquanto a água mineral é consumida em quantidades limitadas ou por curtos períodos de tempo, isto pode não constituir um problema, mas isto pode não ser o caso se as taxas de consumo forem elevadas.

Na Região Metropolitana de Natal, o aquífero Barreiras não só disponibiliza, via CAERN, a maior parte do abastecimento de água, como também é fonte para industrias de águas minerais. Dessa forma, o processo de contaminação do Barreiras pode também refletir nas águas minerais comercializadas e consumidas pela população potiguar. Infelizmente alguns informes técnico-científicos indicam que já existem casos comprovados desse grave problema.

Municípios no entorno de Natal, como Parnamirim, Macaíba e Extremoz, registram significativas taxas de crescimento urbano e se caracterizam por conter diversas reservas de águas minerais. Cabral et al (2009) comentam que no processo de contaminação, para nitrato, dos aquífe­ros Dunas/Barreiras de Natal é essencial considerar fatores como o adensamento e histórico populacional em conjunto com a qualidade do saneamento praticado.

Nóbrega et al. (2008) analisaram, para nitrato, dez marcas de águas minerais comercializadas em Natal cujas as fontes se localizam nos três municípios citados acima. Os autores compararam os resultados obtidos na pesquisa com as concentrações de nitrato que essas águas apresentaram no ano em que suas respectivas indústrias foram autorizadas a operar. Uma marca de água mineral apresentou, em 2005, valor de 57.30 mgNO3-/L e, portanto, superior ao limite permitido para águas minerais. Um aspecto importante é que essa marca apresentava um resultado bem mais baixo (11.93 mgNO3-/L) em 1993. Esse substancial aumento é um indício forte do processo de contaminação de nitrato. Outra amostra não tinha registro analítico original, mas o resultado em 2005 apresentou valor próximo ao limite da ANVISA e que, sem dúvida, é um indicativo de contaminação. Além disso, três outras amostras registraram representativos crescimentos nos valores de nitrato em 2005 em relação aos resultados originais, servindo de alerta dessa tendência de contaminação.

Rodrigues et al. (2009) fizeram análises das concentrações de nitrato para 3 diferentes marcas de águas minerais, localizadas nos arredores do município de Natal. Uma dessas marcas apresentou valor acima daquele recomendado pela ANVISA, enquanto as outras duas registraram valores baixos.

Reportagem na imprensa de Natal (Jornal de Hoje, 2015) revelou que uma pesquisa realizada pelo Laboratório de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Larhisa), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, apontou que 10% das amostras de água da Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) continham presença de coliformes fecais, enquanto que nas águas minerais analisadas este índice é ainda mais assustador: 40%. A pesquisa coletou uma amostra de água servida pela Caern, colhida diretamente da torneira, e outra amostra de água mineral, colhida da mesma forma como o usuário retira a água. O levantamento foi realizado em 50 domicílios.

A pesquisa da UFRN ressaltou que a presença de um alto índice de coliformes fecais na amostragem, não significa que a água mineral que está sendo comercializada, esteja contaminada. Ressalta que provavelmente essa contaminação pode ser feita no manuseio desse garrafão ou por falsificação. A Vigilância Sanitária informou, nessa mesma reportagem, que, trimestralmente coleta dados dos garrafões, diretamente dos pontos de compra do consumidor, como estabelece a legislação e comentou que a água mineral comercializada no Rio Grande do Norte é livre de contaminação, principalmente por coliformes fecais (Jornal de hoje, 2015).

Existem, entretanto, indícios e, portanto, dúvidas quanto a qualidade das águas minerais consumidas em Natal. Algumas propostas podem ser feitas para o esclarecimento dessa importante questão:

  • Amostragem e análise representativas de águas expostas para venda em mercados e distribuidores. Este trabalho serviria, a princípio, para checar / confirmar os resultados apresentados nos rótulos. Os resultados deveriam ser disponibilizados, de forma transparente, ao público.
  • Essa amostragem e análise permitiriam, também, identificar e procurar as causas de possíveis desvios encontrados nos parâmetros químicos e físico-químicos.
  • Esse cheque analítico é um importante e simples método de garantir, ao cidadão, a qualidade do produto consumido. Além da própria fonte, a água mineral pode ser contaminada por diversos processos que vão desde o tipo da embalagem, do processo de envasamento; meio de transporte e armazenamento, etc.
  • Os resultados das análises periódicas da Vigilância Sanitária deveriam, também, ser amplamente divulgadas.
  • A bateria de análise poderia, a princípio, ficar relativamente restrita aos principais parâmetros contidos nos rótulos das águas comercializadas. Seria interessante, entretanto, que tratamentos multielementares sejam desenvolvidos de maneira relativamente semelhante as pesquisas europeias, aqui referenciadas.
  • Esse conjunto de ações constituiria em uma iniciativa útil e popular e uma maneira segura de garantir para a população, o consumo de águas minerais isentas de concentrações de parâmetros prejudiciais à saúde.

 

Referências Bibliográficas

Astel, A.; Michalski, R.; Łyko, A.; Jabłońska-Czapla, M.; Bigus, K.; Szopa, S.; Kwiecińska, A. 2014. Characterization of bottled mineral waters marketed in Poland using hierarchical cluster analysis. Journal of Geochemical Exploration 143 (2014) 136–145

Bike, M.; Rauch, U.; Horazin, B.; Lorenz, H.; Wolgang, G. 2010. Major and Trace Elements in Germany Bottled Water, Their Regional Distribution, and Accordance with National and International Standards. Journal Geochemical Exploration. 107. 245-271.

Bertolo, R. 2006. Reflexões sobre a Classificação e as Características Químicas da Água Mineral Envasada do Brasil. XIV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas.

Bityukova, L.; Petersell, V. 2010. Chemical composition of bottled mineral waters in Estonia. Journal of Geochemical Exploration 107 (2010) 238–244.

Cabral, N. M. T.;  Righettto, A. M.; Queiroz, M. A. Comportamento do nitrato em poços do aquífero DUNAS e PLANALTO, Natal, RN. Brasil Eng Sanit Ambient | v.14 n.3 | jul/set 2009 | 299-306.

Cicchella, D.; Albanese, S.; Vivo B.; Dinelli, E.; Giaccio, L.; Lima, A.; Valera, P. 2010. Trace elements and ions in Italian bottled mineral waters: Identification of anomalous values and human health related effects. Journal of Geochemical Exploration 107 (2010) 336–349.

Eggenkap, H.G.M.; Marques, J.M. 2013. A comparison of mineral water classification techniques: Occurrence and distribution of different water types in Portugal (including Madeira and the Azores). Journal of Geochemical Exploration 132 (2013) 125–139

Fugedi, U.; Kuti, L.; Jordan, G.; Kerer, B. 2010. Investigation of the hydrogeochemistry of some bottled mineral waters in Hungary. Journal of Geochemical Exploration 107 (2010) 305–316.

Jornal de Hoje. 2015. UFRN revela que água da Caern tem menor índice de coliformes fecais do que a mineral. Postado em 05/03/2015.

NÓBREGA, M. M. S.; ARAÚJO, A. L. C.; SANTOS, J. P. Avaliação das concentrações de nitrato nas águas minerais produzidas na região da Grande Natal. Revista Holos. Vol. 3. 2008. 4-25 p.

Rodrigues, M; Pereira, R.; Mayer, A.; Magalhães, D. R. M.; Fernandes Jr., J. R.  A atual situação da contaminação por nitrato nos poços da cidade de Natal/RN: o caso das águas minerais. IV Congresso de Pesquisa e  Inovação da Rede Norte e Nordeste de Educação Tecnológica. Belém – Pa. 2009.

Selinus, O., Alloway, B., Centeno, J.A., Finkelman, R.B., Fuge, R., Lindh, U., Smedley, P. (Eds.), 2005. Essentials of Medical Geology. Impacts of the Natural Environment on Public Health. Elsevier, Amsterdam, p. 812.

 

Filosofando sobre nosso Setor Mineral:

  1. A natureza cria na crosta terrestre concentrações anômalas de minerais úteis à humanidade, às quais os Geólogos detectam, quantificam após consumirem os orçamento da pesquisa e chamam de jazidas, sonhando que serão lavradas em algum futuro promissor (Rel. Final);
  1. Os Engenheiros de Minas desenham toda uma abordagem de ataque exequível à essa jazida (PAE) de modo a extrair, com economicidade, o melhor dela, visando recuperar o investido na descoberta;
  1. Engº Metalurgista ou de processo analisa a performance das recuperações, acreditando em tese, que tudo pode ser aproveitado, com lucro;
  1. Economista faz as contas no pente fino e tenta equalizar despesas com receitas auferidas; “O potencial de ganho (lucro) é diretamente proporcional ao risco!” O capital, quando investido em pequenas empresas (juniores), e não menos desafiadoras, busca oportunidade de ganhos significativos!
  1. Engº de Segurança avalia os riscos ambientais, de saúde e segurança dos trabalhadores e meio físico envolvidos e opinam sobre o empreendimento;
  1. Os Gestores determinam se irão adiante ou abandonam o projeto até esta etapa, ou a qualquer momento;
  1. Os Advogados analisam as facilidades/dificuldades no contexto legal do empreendimento e dão pareceres neste sentido, favoráveis ou não à “posta em marcha”;
  1. Engº Ambiental discute se será o projeto exequível e sustentável ambientalmente em ainda assim, viável economicamente, dentro de certa “ética ambiental”;
  1. Os Sindicatos discutem as condições laborais e salariais dos trabalhadores envolvidos;
  1. Os Acionistas definem se irão colocar seu dinheiro no projeto ou em outras opções de mercado, após consultorias ditas especializadas;
  1. Sociedade envolve-se e palpita, após consulta pública (livre arbítrio) decidindo se quer aquele projeto em sua vizinhança, anuindo ou não com a “Licença Social” e também se irá consumir ou não o produto final;
  1. Judiciário define se o projeto seguirá ou terá que ser paralisado, caso seja detectado a presença de alguma ilegalidade das partes acima.

Enfim, se houver “maus profissionais” neste processo todo (e não só os avaliadores de jazidas), o projeto estará fadado ao insucesso…peremptoriamente!

Fernando Duarte Gonçalves

Geólogo

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SOBRE EL MAPA GEOLÓGICO Y LA ELECTRÓNICA

El mapa geológico no existe intrínsecamente en el terreno. Resulta de un proceso creativo en el que intervienen conocimientos, pericia profesional, imaginación espacial, creatividad, capacidad de síntesis. El mapa geológico, tanto más si se trata de un territorio de alta complejidad requiere de parte del cartógrafo de ciertas capacidades especiales que no están al alcance de un debutante. Requiere de un entrenamiento especial, de una formación e, incluso, de cierta dosis de vocación.

El mapa geológico no es solo un documento gráfico, también es una argumentación escrita que lo explica y lo fundamenta en cada unos de sus contenidos. De la lectura de un mapa geológico de alta calidad se puede deducir información de los ambientes de formación de las rocas, la paleogeografía, el desarrollo tectónico, la arquitectura de los complejos rocosos, los procesos de deformación y de formación de las materias minerales.

Los mapas geológicos, por otra parte, son también un producto de escuelas de pensamiento geológico que, a su vez representan el estado del conocimiento sobre la estructura de la tierra. Hecho que requiere por parte del cartógrafo un tipo de cultura geológica histórica que lo pone en conocimiento del desarrollo del pensamiento científico de su época. Los mapas geológicos, por tanto, representan un momento parcial del conocimiento geológico en un momento determinado de una región.

Durante la creación de un mapa geológico de el y de sus documentos acompañantes y complementarios, es posible conocer, cuando se exponen hechos comprobados y las interpretaciones derivadas y cuando se trata de hipótesis y suposiciones admitidas como hechos. Un buen mapa geológico permite en todo momento determinar la diferencia entre el conocimiento consolidado y el grado de fundamento que posee. Es un documento vivo, perfeccionable y progresivo.

En conclusión, el mapa geológico es un producto de creación de la mente humana. No es un producto estadístico ni probabilístico que pueda ser confeccionado por una máquina. Y esto es a causa, entre otras cosas, de que durante la confección final de un mapa geológico es el geólogo quien tiene que seleccionar cuales de los hechos conocidos o de las hipótesis e interpretaciones con mayor fundamento, él seleccionará aquellas que según su entendimiento y comprensión de la estructura geológica, más claramente y convincentemente reflejan la mejor imagen para ser presentada en un documento gráfico.

Otra circunstancia importante es que el cartógrafo, no es un especialista, “es el especialista de los especialistas”. Tiene que poseer la preparación suficiente para entenderse con petrógrafos, petrólogos, paleontólogos, geofísicos, geoquímicos e ingenieros de los servicios especiales. Aprovechar eficientemente los datos parciales que estos especialistas pueden suministrarle y realizar la síntesis entre ellos de la información parcial que se entrega. Incluso y en determinados casos, asumir por si mismo la interpretación de dichos datos, cuando las interpretaciones parciales que se le brindan entran en contradicción con los hechos o sean improbables. La selección del peso de los datos en función de la estructura geológica

interpretada, es producto de un complejo ejercicio mental en estrecha relación con la capacidad y experiencia del geólogo y no puede ser realizada por una máquina.

Vivimos en una época con una gran influencia, que se acrecienta cada día, con el empleo de la electrónica en la vida cotidiana y, por supuesto, en la ciencia. El hedonismo de la vida actual indiscutiblemente propende a la mediocridad, al ocio, al mínimo esfuerzo y las vías fáciles y simples de solución de los problemas. Esto ya está irrumpiendo también en el campo de la geología. Existe una confusión entre el procesamiento automático de datos que admiten un tratamiento estadístico o según ciertos algoritmos y hay multitud de esos procesos en la geología. La morfología de las formas de las conchas de los foraminíferos u otros organismos. La comparación de los contenidos de elementos químicos en las rocas y terrenos y otros muchos casos. Pero confundir esto con la esencia final del trabajo mental de interpretación científica de la realidad geológica, es una ilusión y una mixtificación, cuando no una superchería. Es ciencia “vudú” y, como diría G. García Márquez, es un emplasto para perder el tiempo.

Los geólogos conocen muchos procesos que ocurren en un macizo, pero la geología como ciencia está limitada para establecer cuáles de ellos son las causas y cuáles son las consecuencias.

Hace ya mucho tiempo que escribí un artículo sobre la forma en que los geólogos deben prepararse para ejercitar su ciencia. Hoy día suman multitudes los graduados de geología, sin excluir los graduados de doctores; que no saben una palabra sobre las reglas filosóficas y lógicas del pensamiento; no tienen idea de la historia de su ciencia; ni conocen un solo nombre de los grandes maestros que la construyeron. Carecen de cualquier formación cultural general aceptable. No saben redactar un escrito legible en su lengua materna ni tienen noción alguna de cómo preparar una argumentación. Las excepciones que existen y que las hay, no hacen más que puntualizar la razón de lo que afirmo.

Pero, sin duda alguna, sí tienen idea de cómo meter datos en una computadora, de acuerdo a un programa que no ha sido elaborado por ellos. A la espera de que la máquina escupa por otro lado la respuesta a sus preguntas. ¡Cuidado Señores! No vaya a ocurrir que los resultados que obtengan no sean más que malas caricaturas de la realidad geológica, llena de tantas complejidades y porciones desconocidas de los hechos, que cualquiera de ellas puede echar a la basura, costosos trabajos y valiosos recursos que puestos de manifiesto, más tarde, los errores, puedan traer desprestigio a nuestra ciencia.

Ing. Geól. Humberto Álvarez

Más de 30 años de experiencia como geólogo regional, en prospección de metales, mapeo geológico en complejos metamórficos, volcánicos y cordilleras plegadas. Diplomado en Geología en la Facultad de Minas de Cuba Occidental. Es un especialista destacado en los estudios de geología regional y geotectónica. Como director de Proyectos se ha desempeñado como ejecutor de proyectos de compañías de exploración, corporaciones mineras y como consultor de entidades financieras internacionales y del Estado de Panamá.

Mineração-também-é-cultura
Segue o link do livro “Atlas de Geologia Estrutural” publicado pelo professor Fernando Cesar da UFRN:

O campo magnético da Terra está se comportando de maneira imprevista – e intrigando cientistas

  • 11 janeiro 2019
Ilustração da terra e de seu campo magnéticoDireito de imagemGETTY IMAGES

Image captionO campo magnético ao redor da Terra é gerado pela movimentação dos metais líquidos no interior do planeta

Uma movimentação com características inesperadas no magnetismo da Terra está intrigando cientistas do mundo todo e fazendo com que os modelos existentes de descrição do campo magnético precisem ser atualizados.

Por causa de seu núcleo feito de metal líquido, a Terra funciona como um enorme ímã com pólos positivo e negativo. O campo magnético é a uma “camada” de forças ao redor do planeta entre esses dois pólos.

Conhecida como magnetosfera, essa grande camada é extremamente importante para a vida terrestre.

“É o campo magnético que nos protege das partículas que vêm de fora, especialmente do vento solar (que pode ser muito nocivo)”, explica o geólogo Ricardo Ferreira Trindade, pesquisador do Instituto de Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo (USP).

A maior parte do campo magnético é gerada pela movimentação dos metais líquidos que compõem o centro do planeta. Conforme o fluxo varia, o campo se modifica.

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Ilustração de como o campo magnético protege a Terra de ventos solaresDireito de imagemGETTY IMAGES

Image captionO campo magnético nos protege de partículas do vento solar

A questão, segundo Trindade, é que nos últimos dez anos ele tem “variado numa velocidade muito maior do que variava antigamente”.

O pólo norte muda magnético constantemente de posição, mas sempre dentro de um limite. Embora a direção dessas mudanças seja imprevisível, a velocidade costumava ser constante.

No entanto, nos últimos anos o norte magnético está se movendo do Canadá para a Sibéria em uma velocidade muito maior do que a projetada pelos cientistas.

Modelo de campo

A mudança está forçando os especialistas em geomagnetismo a atualizarem o Modelo Magnético Mundial, espécie de mapa que descreve o campo magnético no espaço e no tempo.

“Ele é criado a partir de um conjunto de observações feitas no mundo inteiro ao longo de 5 anos, a partir dos quais se monta um modelo global que muda no tempo e no espaço, mostrando a variabilidade do campo”, explica Trindade. “É uma espécie de mapa 4D.”

O modelo é importante porque é a base para centenas de tecnologias de navegação modernas – dos controles de rotas de navios ao Google Maps.

“Ele é fundamental para geolocalização e até para o posicionamento de satélites”, afirma o geólogo.

Foto de bússula sobre mapaDireito de imagemGETTY IMAGES

Image captionA bússola aponta para o norte magnético, que se movimenta bastante e é próximo – mas não coincidente – com o pólo norte geográfico

A versão mais recente do modelo foi feita em 2015 e deveria durar até 2020, mas a velocidade com o que a magnetosfera tem mudado está forçando os cientistas a atualizarem o modelo antes do previsto.

Além da mudança do pólo, um pulso eletromagnético detectado sob a América do Sul em 2016 gerou uma mudança logo após a atualização do modelo em 2015.

As muitas mudanças imprevistas têm aumentando o número de erros no modelo atual o tempo todo.

Segundo a Nature, pesquisadores do Noaa (centro de administração oceânica e atmosférica), nos EUA, e do Centro de Pesquisa Geológica Britânica perceberam que o modelo estava tão defasado que estava quase excedendo o limite aceitável – e prestes a gerar possíveis erros de navegação.

A nova atualização deverá sair dia 30 de janeiro de 2019, segundo a Nature, uma das revistas científicas mais prestigiadas do mundo.

Segurança espacial

O modelo é essencial também para a segurança espacial.

Como distribuição do campo não é homogênea, onde ele é mais fraco, a proteção que oferece é menor – isso faz que com que essas regiões, principalmente a altíssimas altitudes, sejam um pouco mais vulneráveis a ventos solares.

Ilustração de campo magnético da TerraDireito de imagemGETTY IMAGES

Image captionO modelo de campo magnético usado pelos cientistas é base dos sistemas de navegação e importante para posicionamento de satélites

“Temos regiões onde ele é maior e outras onde o campo magnético muito baixo. Aqui (na América do Sul) temos uma anomalia grande que faz o campo magnético ser de baixa intensidade”, explica Ernesto.

“Equipamentos atmosféricos, satélites e telescópios, principalmente, têm maior probabilidade de sofrerem danos se estiverem sobre essas regiões”, explica.

As causas

Os cientistas estão trabalhando para entender por que o campo magnético está se modificando com tanta velocidade.

“O campo é todo variável e muito imprevisível”, afirma a geóloga Marcia Ernesto, também pesquisadora do Instituto de Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo (USP).

A movimentação do pólo norte pode estar ligada um jato de ferro líquido se mexendo sob a superfície da crosta terrestre na região sob o Canadá, segundo um estudo de pesquisadores da Universidade de Leeds publicado na Nature Geoscience em 2017.

Segundo Philip W. Livermore, um dos autores do estudo, esse jato poderia estar enfraquecendo o campo magnético no Canadá, enquanto o da Sibéria se mantém forte, o que estaria “puxando” o norte magnético em direção à Rússia.

O campo é tão variável que o pólo norte e o pólo sul magnéticos já se inverteram muitas vezes desde a formação do planeta.

A sua atual configuração é a mesma há 700 mil anos, mas pode começar a se inverter a qualquer momento. Segundo Ernesto, essa inversão demoraria cerca de mil anos.

“Pode ser que (a aceleração nas mudanças no campo) signifique que ele está caminhando para uma inversão, mas não é certeza. Pode ser que seja apenas uma aceleração momentânea”, diz Márcia Ernesto.

Cartilha-MINERAIS Pedras preciosas Os comitês de bacias

De meu livro Registros e Conjecturas, minha ORAÇÃO AO PEÃO SOTERRADO.

Álvaro

ORAÇÃO AO PEÃO SOTERRADO

Desculpem-nos Severinos, Raimundos, Josés e Edmilsons. Desculpem-nos por matá-los e aleijá-los aos magotes nas valas, galerias, muros e taludes que lhes soterram todos os santos dias.

Desculpem-nos por recebê-los das mãos criminosas das “Gatas” que os contratam por míseros salários, escoimando seus direitos trabalhistas e os alugando como animais às empreiteiras da vida.

Desculpem-nos por espalhá-los como cargas quaisquer pelas obras que se instalam por todos os cantos desse sul-sudeste encantado que lhes atraiu de seus sagrados confins.

Desculpem-nos por alojá-los como bichos escravos em dormitórios indecentes e sujeitá-los a todas cruéis e safadas exigências dos chefes de turma.

Desculpem-nos por nos “lixarmos” por sua juventude ou por sua velhice, pelos seus sonhos e pelas suas histórias e agruras de vida.

Desculpem-nos pela ausência hipócrita de nossas instituições fiscalizadores do bom e ético exercício profissional.

Desculpem-nos por sujeitá-los a todas essas vergonhas, sofrimentos e mortes aproveitando-nos de seu humano desespero por um emprego..

Desculpem-nos, Josés, Sebastiões, Antônios e Rivaldos, pelos Ministérios e Secretarias do Trabalho, pelos CREAs e pelos Tribunais e Juntas e Sindicatos do raio que os parta alegarem desconhecimento de suas humilhantes condições de trabalho.

Desculpem-nos pelas Promotorias e Delegacias não entenderem como crime doloso e hediondo a ordem do canalha que lhes mandou para o fundo da vala, para o pé do talude, ou para o interior da galeria sem condições de segurança.

Desculpem-nos, Severinos, Raimundos, Beneditos e Nonatos, por abandonarmos seus corpos amarrotados e sujos no IML, achando que suas famílias é que deveriam lhes cuidar e pagar as despesas da porcaria de seus enterros.

Desculpem-nos Marias, Antônias, Esmeraldas e Dorvalinas e seus tantos filhos, pelos maridos, filhos e pais que lhes roubamos aleijamos e matamos.

Desculpem-nos, Raimundos, Antônios, Edmilsons e Beneditos, mesmo não me incluindo entre os que lhes violentaram a dignidade e sua condição humana, assumo a missão, alguém, em nome da Geotecnia brasileira, teria que lhes pedir perdão.

Geól. Álvaro Rodrigues dos Santos

ARS Geologia Ltda.

Geologia, Geotecnia, Meio Ambiente

11 – 3722 1455

11 – 99752 6768

www.arsgeologia.com.br

http://noticiasmineracao.mining.com/2018/07/25/a-fantastica-fabrica-de-elementos-pesados/?utm_source=digest-pt-br-180725&utm_medium=email&utm_campaign=digest

/>Como um penhasco mudou para sempre a forma como entendemos a Terra (1)

ESTRADAS -Quedas de Barreiras - artigo InundaAi??Ai??es recorrentes(DM)

MAPA TECTÔNICO DA AMÉRICA DO SUL
http://cprm.maps.arcgis.com/apps/webappviewer/index.html?id=6bd9c72461a142209a34341adbc8d695

UvarovitaCONHEÇA OS 30 MINÉRIOS MAIS BONITOS ENCONTRADOS NA NATUREZA

Para que serve um aquífero – e o que o governo pode fazer com eles?
https://g1.globo.com/natureza/noticia/para-que-serve-um-aquifero-e-o-que-o-governo-pode-fazer-com-eles.ghtml

Corais na foz do Amazonas???
Artigo longo, mas vale muito a pena ler atAi?? o fim. Nunca se buy papers online cheap suspeitou que pudessem ter bancos de rodolitos em ambiente turvo e salobre.
piauAi??_123 [CiA?ncia & Tecnologia] O recife que ninguAi??m viu

O recife que ninguém viu

A?reas de risco:http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/alvaro-dos-santos-os-sistemas-de-alerta-em-areas-de-risco-escondem-crimes-de-omissao.html

 

Desempenho-do-Setor-Mineral-Ano-ExercAi??cio-2017-ilovepdf-compressed

30-ton meteorite uncovered in Argentina

A 30,800-kilogram meteorite has been unearthed in Argentina, and experts have declared it to be one of the largest meteorites ever found on Earth.

The discovery, made on the border of Chaco, about 1,078 km (670 miles) northwest compare and contrast paper topics of the Buenos Aires, has been attributed to a meteor shower that hit the region more than 4,000 years ago. Weighing in at more than 30 tons, the find has been controversially named the second largest meteorite on Earth, but until further tests are completed, itai??i??s too soon to give away that title just yet.

The undisputed king of Earth-based meteorites is a 66-ton whopper called Hoba, excavated in Namibia nearly a century ago. While the Hoba meteorite has been fully uncovered from its resting place in the Otjozondjupa Region of Namibia, due to its size, it has never been removed.

Itai??i??s thought to have slammed into Earth some 80,000 years ago, and its age has been estimated to be between 190 million and 410 million years. The rival contender for the second spot is El Chaco – a 37-ton meteorite discovered in the same Argentinian

field as this new find.

Now experts will need to perform additional weigh-ins to see if this new Argentinian meteorite, called Gancedo, can beat that and secure the title below Hoba.

“While we hoped for weights above what had been registered, we did not expect it to exceed 30 tons,” Mario Vesconi, president of the Astronomy Association of Chaco, told the Xinhua news agency over the weekend. “[T]he size and weight surprised us.”

The meteorite was uncovered in Campo del Cielo (meaning “Field of Heaven”), an area on the border between the provinces of Chaco and Santiago del Estero.

This surreal place is blistered with meteorite craters – at least 26 cover an area of just 3 km by 19.2 km (1.8 x 11.9 miles), the largest measuring 115
by 91 metres (377 x 298 feet), thought to have been impacted by a powerful meteor shower between 4,200 and 4,700 years ago.

An estimated 100 tons of space debris have been excavated from www slader com the site so far. The new Gancedo meteorite will now undergo a number of tests, firstly to confirm its weight, and secondly to confirm its status as an actual meteorite.

“We could compare the weight with the other large meteorite found in the province. Although we expected it to be heavier, we did not expect it to exceed 30 tons,” Vesconi told the Argentinian government’s news service, TAi??lam.

“We will weigh it again. Apart from wanting the added confidence of a double-check of the initial readings we took, the fact that its weight is such a surprise to us makes us want to recalibrate.”
Read more at http://www.geologyin.com/2016/10/worlds-second-largest-meteorite.html#4LXoZwFE1JEgf0pe.99