Bacia do Rio Meia Ponte

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Bacia do Rio Meia Ponte

Crédito da imagem: Jornal UFG

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O Rio Meia Ponte que tem suas nascentes na Serra dos Brandões, próximas de Itauçu,

percorre vários municípios recebendo afluentes importantes até desaguar no Rio Paranaíba,

formando, assim, a sua bacia hidrográfica.

Diagnóstico da Bacia do Rio Paranaíba elaborado em 1982 pelo o Departamento

Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE), Companhia de Pesquisa de Recursos

Minerais (CPRM) e Consórcio Nacional de Engenheiros Consultores (CNEC) indicava que à

altura de Goiânia as condições de qualidade do Rio Meia Ponte tornava-se crítica, que a

demanda doméstica e industrial de Goiânia prevista para 1990 seria igual à vazão mínima que

permanecia durante sete dias, e que praticamente logo a jusante, ou seja, abaixo de Goiânia, a

vazão do rio na época de estiagem seria 90% esgoto.

Já se passaram mais de 40 anos e a situação não só do rio, como também de seus

afluentes continua preocupante em relação à quantidade e à qualidade, embora o Órgão

Gestor Estadual e o Comitê da Bacia tenham tomados atitudes para garantir, atualmente, o

volume de água necessário para alguns usuários, porém, esquecendo-se da qualidade. No

período de seca já se percebe o mau cheiro nos cursos de água urbanos, principalmente em

Goiânia.

Estima – se em mais de 600 projetos, estudos e trabalhos desenvolvidos na área da

bacia, como: reflorestamento, proteção de nascentes, educação ambiental, levantamento

geológico e hidrológico, tese de mestrado e plano de bacia. Com tudo isso, pouco mudou para

melhorar a qualidade das águas da bacia nos últimos 40 anos.

Para garantir o volume mínimo necessário para todos os usuários e melhorar a

qualidade das águas é importante fazer para toda a bacia um monitoramento da quantidade e

qualidade dos cursos de água, abrangendo também as águas subterrâneas, inclusive em tempo

real. Em se tratando de recursos hídricos não se gerencia adequadamente aquilo que não se

avalia, e não se avalia aquilo que não se mede ou monitora.

Por duas vezes o Rio Meia Ponte foi considerado pela a Agência Nacional de Águas e

Saneamento Básico (ANA) o sétimo rio mais poluído no Brasil, comparando com o Rio Tietê

em São Paulo. E a Expedição Rio Meia Ponte, realizada neste ano, fez um diagnóstico da

atual situação do rio, comprovando o alto grau de poluição do mesmo. Essas tristes notícias e

informações parecem que não abalaram a quem se diz preocupado e responsável com a

recuperação do Meia Ponte.

Marcos Antônio Correntino da Cunha

Engenheiro Eletricista especialista em Hidrologia e Recursos Hídricos.

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