Mato Grosso do Sul deve atrair R$ 5 bilhões em dois anos
Valor das exportações saltou de US$ 250 milhões,
em 2018 (US$ 160 milhões de minério de ferro e U$ 90 milhões de manganês), para US$ 1,3 bilhão.
O estado do Mato Grosso do Sul passa por um boom de investimentos, segundo Jaime Verruck, titular da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), que substitui a antiga Semagro. Conforme o secretário, a previsão é que os investimentos no estado alcancem R$ 5 bilhões no biênio 2023/2024, particularmente no setor mineral. “A extração e produção do minério de ferro e manganês terá uma parcela significativa destes recursos, primeiro devido à grande demanda em todo o mundo e segundo por termos a terceira maior região ferrífera do Brasil, depois de Carajás, no Pará, e do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. Estes minerais (ferro e manganês) extraídos do Maciço da Reserva de Urucum são de altíssimo teor, e este tipo de minério é muito disputado pelos países importadores”, acrescenta.
Verruck informou que Mato Grosso do Sul elevou em sete vezes a exportação de minério de ferro e de manganês nos últimos cinco anos, quando o valor exportado saltou de US$ 250 milhões, em 2018 (US$ 160 milhões de minério de ferro e U$ 90 milhões de manganês), para US$ 1,3 bilhão até novembro de 2022, sendo US$ 1,1 bilhão de minério de ferro e US$ 200 milhões de minério de manganês. “A recuperação do setor começou em janeiro de 2018. Tivemos um crescimento acima da média na exportação de minério, quase sete vezes a mais”, comenta o secretário. Ele acrescentou que a mineração é de suma importância para o Estado e para os municípios produtores, no desenvolvimento sustentável e na geração de empregos.
Já o secretário Executivo da Mineração na Semadesc, Eduardo Pereira, lembra que Mato Grosso do Sul possui 214 empresas ligadas ao extrativismo mineral, distribuídas por diversos municípios, sendo o Polo Mineiro Ferro-Manganês de Corumbá e Ladário o principal, seguido por Bela Vista, Bodoquena, Miranda e Bonito, na produção de calcários calcíticos e dolomiticos.
Ele acrescentou que, do total das exportações minerais do estado, 81,77% correspondem ao minério de ferro e 16,61% de manganês. E informou que o setor gera mais de 4,3 mil empregos. Em 2022, o estado ocupou o sétimo lugar no valor da produção mineral no País, com um total de R$ 3,05 bilhões, além de se destacar na arrecadação de CFEM (Contribuição Financeira pela Exploração Mineral), com R$ 83,1 milhões.
Fonte: Brasil Mineral