Estudo do SGB apresenta o potencial para bauxita em São Paulo
O conhecimento geológico do Brasil é essencial para planejar e executar políticas públicas que promovam o uso sustentável dos recursos minerais. Além disso, fornece dados importantes para entender e gerenciar o ambiente físico. Com essa premissa, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) disponibiliza o “Informe de Geofísica Aplicada Potencial Geológico para Bauxita no Nordeste de São Paulo”, que consistiu no desenvolvimento de mapas preditivos para áreas com potencial para exploração do mineral. A área investigada apresenta localização próxima de Poços de Caldas, que representa uma das principais áreas de produção de alumínio no país. A análise e a integração dos dados foram fundamentadas na abordagem de sistemas minerais feita para a área de estudo, que resultou em dois modelos de áreas potenciais de exploração de bauxita um orientado pelo conhecimento e o outro por dados. O documento mostra que ambos os modelos demonstraram um alto desempenho, com uma taxa de precisão de mais de 97%. A combinação dessas duas abordagens pode auxiliar na tomada de decisões futuras para atividades de exploração mineral. Com os investimentos realizados pelo SGB nos últimos anos em geofísica, seja na aquisição de dados aerogeofísicos ou de equipamentos de geofísica terrestre, trabalhos de qualidade de aplicação de dados para solução de problemas geológicos vêm sendo desenvolvidos pelos pesquisadores da instituição. Assim, o SGB continua a atualizar o conhecimento geológico do país, através de levantamentos geológicos, geoquímicos e geofísicos, e da análise integrada dessas informações.
Les Baux
O minério chamado bauxita recebeu esse nome por causa da cidade de Les Baux, na França, onde foi descoberto em 1821 pelo geólogo Pierre Berthier. A bauxita é composta principalmente por minerais contendo hidróxidos de alumínio, como gibbsita, boehmita e diáspora. Ela se forma principalmente em ambientes tropicais e subtropicais úmidos, e o Brasil tem a terceira maior reserva de bauxita do mundo, principalmente do tipo laterítico. A bauxita metalúrgica é usada para produzir alumínio, enquanto a não metalúrgica é usada em abrasivos, refratários, produtos químicos e cimentos de alta alumina. Para ser economicamente viável, a bauxita precisa ter pelo menos 30% de óxido de alumínio, e são necessárias cinco a sete toneladas de bauxita para produzir duas toneladas de alumina, que se transformam em uma tonelada de alumínio.
Acesse as informações sobre a bauxita no site do SGB
Fonte: Conexao Mineral/ADIMB