Gigantes planejam investir US$ 2 bi em bauxita

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Gigantes planejam investir US$ 2 bi em bauxita

SÃO PAULO – A bauxita, minério do qual se produz a alumina (matéria-prima para fabricar alumínio), atrai investimentos bilionários de grandes grupos, que apostam no crescimento do consumo de alumínio nos próximos anos. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), essas aplicações superam US$ 2 bilhões até o próximo ano, em projetos da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), do Grupo Votorantim, Companhia Vale do Rio Doce e Alcoa. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de minério de bauxita, segundo o Ibram, com 22,8 milhões de toneladas, ou 13% da produção mundial. Além disso, se destaca pela qualidade do produto, afirma Claret Antonio Vida Abreu, da Diretoria de Mineração da CBA. “O Brasil vai continuar sendo um dos principais produtores de bauxita do mundo em função das reservas existentes no país, que estão entre as maiores do planeta juntamente com a Austrália e Indonésia. Devemos considerar também que a qualidade da bauxita brasileira é uma das melhores do mundo”, afirma Abreu. Segundo ele, a CBA, na região de planalto, em sua Unidade de Poços de Caldas (MG), lavra 960 mil toneladas de bauxita por ano e tem 100% de aproveitamento do minério extraído. “Já em sua Unidade de Itamarati de Minas, também em Minas Gerais, são lavrados 3 milhões de toneladas de bauxita ao ano e beneficia 52% desse total, o que resulta em 1,560 milhão de toneladas de minério extraído”, informa Claret. Nova unidade Ele recorda também que a CBA vai inaugurar em dezembro a Unidade de Miraí, onde serão lavrados 2,5 milhões de toneladas de bauxita por ano, gerando 1,250 milhão de toneladas de minério beneficiado anualmente. No primeiro momento, Miraí estará funcionando com 25% de sua capacidade de produção. Na unidade o minério pode chegar a 5 milhões de toneladas de bauxita beneficiadas ao ano na etapa final. Segundo Claret, “a CBA deverá aumentar o ritmo de produção da Unidade de Miraí gradativamente, para que ela acompanhe as expansões da fábrica, localizada na cidade de Alumínio, no interior de São Paulo”. A CBA tem hoje as Unidades de Mineração de Poços de Caldas, Itamarati de Minas e inaugurará em dezembro a Unidade de Miraí, também em Minas. Em Goiás, a CBA está terminando os estudos para iniciar a construção da Unidade de Barro Alto, com previsão de extração de 900 mil toneladas de bauxita por ano. No Pará, a CBA está desenvolvendo uma pesquisa mineral na cidade de Paragominas, mas ainda não há planos de construir uma nova unidade no município, informou Claret. A fábrica da CBA localizada no município de Alumínio (SP) é a maior planta do mundo a operar de forma totalmente verticalizada. A planta fabril realiza em um mesmo local desde o processamento da bauxita até a fabricação de produtos fundidos e transformados (lingotes, tarugos, vergalhões, placas, bobinas, chapas, folhas, perfis, telhas e cabos). Nos últimos cinco anos, a CBA dobrou a sua produção, investindo R$ 5 bilhões em diversas áreas da empresa, incluindo a fábrica, as unidades de mineração e a área de geração de energia elétrica. Expansão da Vale A Companhia Vale do Rio Doce aproveita para expandir a sua produção de alumina e bauxita neste momento de aumento de demanda pelo minério. De acordo com Roger Agnelli, presidente da companhia, a mina de Paragominas, no Pará, que é 100% da Vale, possui flexibilidade grande para elevar a capacidade. “Nós continuamos a fazer pesquisas e a trabalhar no sentido de aumentar a produção de bauxita em Paragominas. O objetivo é abastecer as refinarias de alumina”, disse. A Vale atua em todas as fases de produção do alumínio, desde a extração de bauxita até a produção de alumínio primário. A empresa possui um projeto em conjunto com a Hydro para expansão de produção de alumina na Alunorte, no Pará, que deverá ser concluído no segundo semestre do ano que vem. Com isso, a Alunorte produzirá 6,26 milhões de toneladas por ano de alumina. Já em relação aos projetos para produção de alumínio primário, a empresa, segundo Agnelli, tem olhado alternativas para, em conjunto com outros parceiros, instalar um novo equipamento. “O ponto crucial é a disponibilidade e o custo de energia. Um novo smelter [como é chamado esse equipamento] tem de ser bastante competitivo”, afirmou.

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Fonte: DCI

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