MINERALOGIA – Museu Victor Dequech abre ao público uma rica coleção de minerais

Museu

MINERALOGIA

Museu Victor Dequech abre ao público uma rica coleção de minerais

Localizado no interior da Fundação Victor Dequech, no bairro Olhos D´Água, em Belo Horizonte (MG), que possui uma das mais importantes coleções de minerais do País.

vila-rica-parceiro
vila-rica-parceiro
previous arrow
next arrow

Estudantes, profissionais e amantes da mineralogia já podem visitar e conhecer de perto o precioso acervo de minerais e minérios, do Museu de Mineralogia Victor Dequech, localizado no interior da Fundação Victor Dequech, no bairro Olhos D´Água, em Belo Horizonte (MG), que possui uma das mais importantes coleções de minerais do País.

Para realizar as visitas, basta que o interessado acesse o site fdv.org.br, e faça o agendamento pessoal ou em grupo de até 20 pessoas, para entrar em um mundo mágico de formas, cores e texturas cuidadosamente identificadas e classificadas, proporcionando uma experiência única para o visitante.

Entre as amostras mais conhecidas, há quartzos, topázio imperial, hematitas, piritas, citrinos, malaquitas, turquesas e muitos outros exemplares com nomes científicos capazes de fascinar tanto os neófitos quanto os entendidos no assunto.

Para se ter ideia da relevância do Museu, das 75 espécies minerais que foram identificadas e descritas no Brasil até 2023, a instituição conta com 51 delas, o que faz com que o MMVD possa ser considerado como um dos maiores e melhores museus de mineralogia do Brasil na conservação e preservação desses minerais.

Durante os anos, as diretorias da GEOSOL impulsionaram e investiram continuamente para que o Museu de Mineralogia se destacasse e aumentasse seu acervo. Esses esforços objetivaram garantir que o museu não apenas preservasse o patrimônio geológico, mas também expandisse seu alcance e visibilidade no cenário científico.

A reinauguração, realizada em junho de 2024, marca uma nova etapa, já que o espaço destinado ao museu foi totalmente revitalizado, levando em conta a valorização da coleção a partir de tecnologia de ponta explorada nos mínimos detalhes.

O projeto de ampliação foi assinado pela arquiteta e urbanista Mariana Pires Gonçalves, sob a supervisão do geólogo Paulo Roberto Amorim dos Santos Lima, autor do Guia de Mineralogia do Museu Victor Dequech. Ele é responsável pela catalogação de todas as amostras da coleção do engenheiro e geólogo Victor Dequech, fundador da Geosol, cujo nome batiza a Fundação homônima.

Homem visionário, apaixonado pela geologia, pela ciência e pelo Brasil, Victor Dequech plantou, em seu negócio, princípios e valores com raízes profundas para que fossem perpetuados pelas gerações que o seguiram na direção da empresa. Enquanto isso, construía uma coleção de minerais, garimpada ao longo de 60 anos, composta por minerais, minérios e, conforme afirma Amorim, rochas, em menor escala.

Origem

A Coleção de Victor Dequech foi a base para a implantação do Museu. Amorim trabalhava na Vale S/A e foi convidado por Claret Rodrigues da Cunha, presidente da Geosol entre 2003 e 2008, para organizar o material. “Depois do expediente, vinha para cá para separar, lavar e classificar o acervo que o dr. Victor doou para empresa. Estava tudo misturado e tivemos trabalho para limpar tudo sem comprometer as amostras”, conta. Amorim continua sendo o curador da instituição e teve papel fundamental na reforma atual.

Sob sua supervisão e baseada em muita pesquisa, a arquiteta Mariana Gonçalves lançou mão de vários artifícios para enaltecer as amostras, a começar por uma iluminação original, concebida especialmente para o local. Os spots foram produzidos por uma empresa brasileira e deles nascem lâmpadas que destacam o valor de cada peça.
“A intenção foi fugir do modelo clássico das prateleiras com a descrição dos minerais. Cada ambiente foi pensado para despertar sensações diferentes ao se olhar cada nicho, cada movimento”, explica a arquiteta.

O Museu é dinâmico: há amostras que giram em torno de si, revelando suas faces, como a calcita em quartzo ametistóide com celadonita. As vitrines e prateleiras são distribuídas de forma orgânica. Fotos de minerais, retratados por Marcílio Gazzinelli, foram espalhadas pelo recinto e surpreendem pela nitidez, além de TVs exibindo as imagens da coleção. “Algumas caixas são inclinadas propositadamente para melhor receber a iluminação”, observa Mariana.

“O espaço está revitalizado e pronto para educar as gerações futuras”, garante Amorim. Ele relembra que tudo começou no início da década de 1950, quando Victor Dequech criou a GEOSOL, empresa especialista em sondagem do solo, inicialmente na área de carvão, em Criciúma, no estado de Santa Catarina; depois, o negócio foi transferido para Belo Horizonte e ganhou outros braços.

“Nessa época, o dr. Victor iniciou a coleta de minerais nos locais onde a GEOSOL ia trabalhar. Sua coleção foi o embrião do que temos hoje”, afirma, acrescentando que o foco do Museu sempre foram os minerais tipo brasileiros. “Nosso objetivo era o maior número de amostras descritas no Brasil. Hoje esse número chega a 58”.

Fonte: Brasil Mineral

COMPARTILHE

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn