Namíbia: a nova fronteira do petróleo?
Geólogo afirma que o campo descoberto na África é muito semelhante à Bacia de Pelotas, no RS
A empresa petrolífera portuguesa Galp Energia anunciou na segunda-feira (22) a descoberta de um campo de petróleo gigante na Bacia de Orange, na costa da Namíbia, país da África Austral. As ações da empresa subiram mais de 20% depois do anuncio de que o campo pode conter mais de 10 bilhões de barris de petróleo.
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A Galp afirma ter realizado operações de testes no poço Mopane-1X em janeiro e no poço Mopane-2X em março, com “significativas colunas de petróleo leve descobertas em areias de reservatório de alta qualidade”. O campo de Mopane está localizado na Bacia Orange, onde a Shell e a Total Energies fizeram diversas descobertas de petróleo e gás.
A Galp lançou à venda de metade da sua participação de 80% na Licença de Exploração Petrolífera 83 (PEL 83), que abrange quase 10 mil quilômetros quadrados na Bacia de Orange. A empresa petrolífera nacional da Namíbia NAMCOR e o grupo de exploração independente Custos detêm cada um uma participação de 10%.
A Galp planeja ceder o controle do desenvolvimento do projeto ao potencial comprador, provavelmente uma grande empresa energética internacional com um forte historial na gestão de projetos. A Galp contratou o Bank of America para conduzir o processo de venda, com receitas provavelmente na ordem dos bilhões de dólares.
Segundo o geólogo Luciano Seixas Chagas, geocientistas brasileiros já puderam comprovar que a Bacia de Orange é muito semelhante à nossa em Pelotas (RS).
Segundo Chagas, na Bacia de Orange não há sais e, portanto, todos os bons armazéns arenosos recebem a totalidade do petróleo gerado, daí a expectativa de grandes volumes a se descobrir na Bacia de Pelotas.
A propósito, a Petrobrás fez a aquisição de bons blocos exploratórios de Pelotas no último leilão ANP.
Fonte: Jornalismo AEPET