Vale aprova investimento de US$ 555 milhões em Onça-Puma
A previsão é que o projeto inicie operação no primeiro semestre de 2025.
A Vale anunciou a aprovação da construção do segundo forno em Onça-Puma, no Pará, para o qual estão previstos US$ 555 milhões, adicionando 12 mil a 15 mil t/ano de capacidade de produção de níquel. A previsão é que o projeto inicie operação no primeiro semestre de 2025.
A empresa também informou que será feita a reorganização das operações de metais básicos no Brasil “para centralizar os ativos de cobre e níquel em duas sociedades, permitindo processos e gestão mais eficientes”. Os ativos de cobre e níquel continuarão a ser consolidados e detidos integralmente pela Vale.
Fora do Brasil, houve a aprovação do projeto de níquel Bahodopi, em julho. O start-up do projeto está previsto para 2025. A frente RKEF do projeto é uma parceria entre PTVI, Tisco e Xinhai com capacidade de 73 mil t/ano. A propriedade da PTVI na instalação de processamento é de 49% e de 100% na mina. A mina fornecerá minério de acordo com a participação acionária da PTVI na JV. O CAPEX estimado do projeto é de cerca de US$ 2,2 bilhões para a planta RKEF e cerca de US$ 400 milhões para a mina.
Também foi anunciado o Início da primeira fase do Projeto Copper Cliff Complex South Mine de C$ 945 milhões em Sudbury, Canadá. Mais de 12 km de túneis foram desenvolvidos para unir os eixos sul e norte da Mina de Copper Cliff. Espera-se que a Fase 1 quase dobre a produção de minério na mina de Copper Cliff, adicionando cerca de 10 ktpa de níquel contido e 13 mil t/ano de cobre.
A empresa informa, ainda, que o programa de descaracterização de barragens a montante está 40% concluído e que, desde 2019, foram eliminadas 12 estruturas, sendo 5 em 2022. Na agenda de descarbonização, o projeto solar Sol do Cerrado está em comissionamento e o ramp-up da sua eletrificação será até julho de 2023. O parque solar é composto por 17 sub-parques com uma capacidade instalada de 766MWp, um dos maiores projetos de energia solar da América Latina. O projeto atende 16% da demanda de energia elétrica da Vale no Brasil em 2025 e faz parte das iniciativas para reduzir 33% das emissões de escopo 1 e 2 até 2030.
A Vale também informa que recebeu, no Brasil e na Indonésia, dois caminhões fora de estrada de 72 t movidos à bateria. As emissões de caminhões fora de estrada movidos à diesel representam cerca de 9% do total de emissões de escopo 1 e 2 da Vale. Os caminhões elétricos não emitem CO2, pois substituem o diesel por energia de fontes renováveis. Os caminhões também minimizam o impacto de ruído nas comunidades vizinhas.
Redução no Ebitda
Como resultado dos menores preços do minério de ferro e níquel, a Vale teve uma redução de US$ 1,532 bilhão no Ebitda ajustado do terceiro trimestre de 2022, que totalizou US$ 4,002 bilhões. A receita líquida somou US$ 9,9 bilhões e o lucro líquido alcançou US$ 4,45 bilhões.
Fonte: Brasil Mineral