NORTE DA BAHIA DESPONTA COMO NOVA FRONTEIRA NA MINERAÇÃO
Nova província
A região do Cráton do São Francisco pode ser responsável por abrigar uma das mais importantes regiões minerais da Bahia. Trata-se da Província Metalogenética do Norte, onde foram descobertas mineralizações de fosfato, ferro, ferro-titânio-vanádio, níquel-cobre-cobalto, ouro, metais base e terras raras. A área ainda precisa de pesquisas complementares até que se possa afirmar ou descartar a viabilidade para exploração, mas de acordo com a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), autarquia ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), há sinais que indicam potencial da áera. “O trabalho desenvolvimento pela CBPM é de fundamental importância para o desenvolvimento mineral do Estado. Quando a empresa lança um edital de oportunidades em negócios minerais, ela poupa os investidores privados de riscos, custos e o longo tempo necessário à prospecção, à pesquisa preliminar, à descoberta e à obtenção da respectiva Portaria de Lavra de uma jazida”, explica o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, João Leão. A CBPM tem 156 direitos minerários bloqueados na área, de acordo com Antonio Carlos Tramm, presidente da empresa . “Esta nova descoberta mostra não só a riqueza do nosso solo como a importância que a mineração vai ter no desenvolvimento da Bahia nos próximos anos”, afirma.
Panorama A Bahia possui atividade mineral em praticamente todo território. Ano passado, foram comercializados 45 bens minerais, extraídos em 185 municípios por 396 produtores. As principais áreas com atividade mineral estão situadas no semiárido baiano. Há minas de ouro em Jacobina, Araci, Barrocas, Santaluz e Teofilândia. Cobre é encontrado em Jaguararí, Juazeiro e Curaçá. A produção de cromo se concentra em Andorinha, Campo Formoso e Santaluz. Itagibá produz níquel, Maracás, vanádio e em Nordestina há minas de diamante. O estado é o quarto maior produtor brasileiro de bens minerais e líder nacional na produção de barita, bentonita, cromo, diamante, magnesita, quartzo, salgema e talco, segundo a SDE. No primeiro semestre desse ano, a Produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC) foi de R$ 2,9 bilhões, numa variação positiva de 43% em relação ao mesmo período de 2019.
Vida longa
O investimento de R$ 180 milhões na construção de um novo forno em Brumado fará da RHI Magnesita a produtora da matéria-prima para refratários usados em fornos industriais mais competitiva do mercado global. Além disso, prolongará vida útil da mina baiana dos atuais 47 anos para 120 anos, de acordo com informações da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). A estimativa é de que as obras sejam iniciadas ainda no segundo semestre e a produção das novas matérias-primas, no quarto trimestre de 2021. As obras de construção do novo forno vão movimentar a economia de Brumado. No pico, aproximadamente 350 pessoas devem atuar diretamente na execução do projeto, entre mão de obra local e externa. “Uma obra com essa magnitude gera oportunidades de empregos diretos e indiretos, mas também contribui para o comércio e os serviços do município e da região”, explica Francisco Carrara, presidente da RHI Magnesita no Brasil e América do Sul.
Fonte: Brasil Mining Site/ADIMB