NOVAS EVIDÊNCIAS DE COBRE, GRAFITA E FOSFATO SÃO IDENTIFICADAS PELA CPRM

NOVAS EVIDÊNCIAS DE COBRE, GRAFITA E FOSFATO SÃO IDENTIFICADAS PELA CPRM

NO CEARÁ E PIAUÍ

Em mais uma apresentação do Serviço Geológico do Brasil durante o 28° Simpósio de Geologia do Nordeste, foram lançados no terceiro dia, 26 produtos dos projetos da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais nos estados do Ceará e Piauí.

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No estado do Ceará, o empreendimento ARIM (Área de Relevante Interesse Mineral) Noroeste do Ceará foi realizado pela Residência de Fortaleza. O autor do projeto, o pesquisador em geociências Tercyo Rinaldo Pinéo, explica que foi mapeada uma área de aproximadamente 18.000 km2, localizada na porção noroeste do Estado do Ceará.

Os principais recursos minerais estão associados à sequência metavulcanossedimentar da Formação Santa Terezinha do Grupo Martinópole, que hospeda sulfetos de ferro, cobre, chumbo e zinco além de óxidos de ferro e manganês, com destaque para a mina de cobre de Pedra Verde e o Alvo Uruoca.

“Nos últimos anos a região em apreço despertou o interesse de algumas empresas de mineração, sendo que somente no período correspondente ao desenvolvimento deste projeto, 218 processos de pesquisa mineral foram protocolados junto ao DNPM” (Departamento Nacional de Pesquisa Mineral), alegou o pesquisador Tercyo Rinaldo Pinéo.

Este último apresenta ocorrências hidrotermais de ferro e manganês ao longo de zonas de cisalhamento de orientação NE-SW. Já a mina de cobre de Pedra Verde tem feições características de depósitos sedimentares de cobre. Destacam-se também as ocorrências de ferro e cobre no contato do Granito Meruoca com as rochas vulcanossedimentares do Grupo Jaibaras e a mina de ferro de Angostura, caracterizada como do tipo escarnito, associado com a intrusão do Granito Mucambo nos mármores da Formação Frecheirinha do Grupo Ubajara.

A integração e processamento em plataforma SIG dos dados geológicos, geofísicos, metalogenéticos e de geoquímica de prospecção levantados no presente projeto, possibilitou, com base no conceito de sistemas minerais, o desenvolvimento de dois mapas de favorabilidade com destaque para alvos prospectivos de ferro cobre e chumbo, associados à Formação Santa Terezinha do Grupo Martinópole e alvos de Fe e Cu no contato entre os granitos Mucambo e Meruoca com o Grupo Jaibaras e a Formação Frecheirinha. “Os mapas de favorabilidade destacam áreas mais promissoras para a concentração dos minerais metálicos investigados, reduzindo assim os custos e as incertezas inerentes a fase de prospecção”, afirmou o pesquisador.

Já no estado do Piauí, a Residência de Teresina desenvolveu o projeto Integração Geológica e de Recursos Minerais das Faixas Marginais da Borda Norte-Noroeste do Cráton São Francisco, dividindo em duas subáreas: Sub-área Rio Preto e Sub-área Riacho do Pontal.

Na subárea Rio Preto, desenvolvido na região limite entre o sul do estado e o noroeste do estado da Bahia, foi proposto visando o desenvolvimento do conhecimento geológico e das mineralizações presentes na Faixa de Dobramento Rio Preto, que tinha até então poucos trabalhos desenvolvidos na área.

O projeto teve como foco o cadastro de novas ocorrências minerais, notadamente de óxido de manganês e grafita, mas também titânio, cobre, dolomito e ferro, e integração e atualização do conhecimento geológico. “Nesse quesito, teve uma interessante resposta por apresentar cerca de 110 novas ocorrências minerais além da consistência de 40 ocorrências de outros autores. Outro fato

interessante, foi o foco no desenvolvimento do conhecimento sobre como foram formadas as mineralizações da área, destacou o pesquisador em geociências e um dos autores do projeto, Ciro Carvalho.

A área do projeto, de cerca de 21 mil km², é localizada em região com cerca 190 mil habitantes e média de IDH 0,66, sendo pouco desenvolvida. Dessa forma, é interessante o desenvolvimento do conhecimento da área como forma de fomentar e incentivar a pesquisa mineral na região.

Já a subárea Riacho do Pontal, localizada nos estados do Piauí e Pernambuco, foi selecionada por apresentar potencial para mineralizações de ferro, cobre, níquel, cobalto, ouro e manganês. “Esta publicação é o início do preenchimento de uma lacuna existente na área metalogenética dessa porção da Província Borborema”, afirmou o pesquisador em Geociências e um dos autores do projeto, José Alberto do Vale.

O projeto teve como foco a atualização das informações geológicas por compilação bibliográfica e mapeamento geológico, cadastro de novas ocorrências minerais e estudos mais específicos nos principais depósitos existentes na área do projeto.

Clique aqui para acessar os lançamentos dos produtos do Serviço Geológico do Brasil

Fonte: CPRM/ADIMB

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