Pandemia derruba vendas, mas China ameniza tombo

Pandemia derruba vendas, mas China ameniza tombo

Devido à crise, receita da CBMM teve queda de quase 20%, para R$ 6,97 bilhões; demanda chinesa recuou apenas 4% 08/03/2021 05h01 · Atualizado A pandemia de covid-19 impactou o resultado operacional e financeiro da CBMM no ano passado. A companhia de mineração e metalurgia do nióbio registrou queda de 15% no lucro líquido, em R$ 2,53 bilhões, já descontada a parte que paga de arrendamento pela exploração na jazida que pertence ao governo de Minas. O ganho foi de R$ 2,53 bilhões, valor que será integralmente distribuído, como dividendos, aos seus acionistas.

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Para o diretor financeiro, Alex Amorim, o pagamento não afeta a situação financeira da CBMM, pois tem baixa alavancagem financeira e 95% da receita é obtida em moeda forte. O resultado medido pelo lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), de R$ 5,1 bilhões – margem de 73% sobre a receita líquida – recuou apenas 3,5% ante o ano anterior.

A dívida de longo prazo – em dólar, euro e yen – é de R$ 2,39 bilhões. Além disso, o caixa da empresa no fim do ano era R$ 1,15 bilhão. Com o fim do plano de expansão, os aportes previstos para 2021 são de R$ 383 milhões. “A geração de caixa garante as operações e nossos compromisso”, diz.

A Codemig, estatal do governo mineiro, vai embolsar R$ 773,8 milhões pelo arrendamento da mina, conforme acordo que vence em 2032 que estipulou 25% do lucro líquido total da CBMM.

Devido à pandemia, a empresa registrou queda de quase 20% na receita líquida, que fechou em R$ 6,97 bilhões. O recuo se deve à queda dos despacho de produtos aos clientes, somou 72,1 mil toneladas (68,4 mil de ferronióbio). No ano anterior, as vendas tinham somado 91,1 mil toneladas.

A companhia, com operações de mina e metalurgia em Araxá (MG), exporta quase tudo que produz e tem a China como seu maior cliente – 43% do total. O impacto no desempenho só não foi maior porque a demanda da siderurgia chinesa segurou os tombos de outros mercados. Caiu apenas 4%, ante 23% no Japão e Coreia do Sul, 25% na Europa, 22% nos EUA e 35% no Brasil. “Em alguns países, sofremos perda de até 40%. A Europa, dos grandes consumidores foi o mais afetado”, disse Ricardo Lima.

“Não foi um ano fácil”, comentou Amorim. Clientes relevantes das usinas de aço – grandes compradoras de nióbio – pararam instalações fabris e reduziram a produção.

“O ano prometia ser melhor que o de 2019”. “Nosso esforço será para repetirmos neste ano o desempenho de 2019”, diz Lima, apontando maior dificuldade de reação na Europa. “O objetivo é apagar 2020 da história”, afirma.

Fonte: Valor/ABPM News

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