PANORAMA DA BAHIA NA MINERAÇÃO BRASILEIRA

PANORAMA DA BAHIA NA MINERAÇÃO BRASILEIRA

O estado da Bahia possui a maior economia do nordeste, representando a sétima economia do Brasil, cujas atividades econômicas se classificam em comércio, indústria e serviços, contemplando, ainda, a atividade extrativa mineral em decorrência da sua grande potencialidade geológica. Nesse contexto, o subsolo baiano é fértil em urânio, níquel, ouro, cobre, magnesita, cromo, talco, salgema, barita, bentonita, além de rochas ornamentais, cascalho, areia e água mineral, tornando o estado o quarto maior produtor de minério do Brasil (ANM, 2018). A participação do estado na produção mineral brasileira aumentou de 2,59% em 2017 para 2,79% em 2018, mostrando que a Bahia está conseguindo enfrentar as adversidades oriundas da crise econômica dos últimos anos com eficiência, buscando novas alternativas de produção mineral no médio e no longo prazo.

A Bahia possui 417 municípios em seu território, sendo que 265 encontram-se no semiárido, o que representa 23,4% do semiárido total e 63,9% do estado. Em relação à área total do semiárido brasileiro de

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km², estão na Bahia o equivalente a 393.056,10 km², representando 40,0% da área nacional do semiárido e 69,7% do estado.

A Bahia hoje é o lugar mais procurado no Brasil por grandes mineradoras. O Estado tem ferro, níquel, ouro, bauxita e cerca de 80 outros minerais. É o maior produtor nacional de urânio, cromo, salgema, magnesita, talco e barita; ocupa o segundo lugar na produção de cobre, grafita e prata; e é o terceiro em ouro, rochas ornamentais e gás natural.

Até o tálio foi encontrado em território baiano – um metal raríssimo, estratégico, de alto valor e explorado em apenas dois países: China e Cazaquistão. A reserva foi descoberta pela Itaoeste no povoado de Val da Boa Esperança, no município de Barreiras, e já é considerada a terceira maior jazida de tálio do mundo. Segundo a empresa, a quantidade descoberta na Bahia pode suprir todo o consumo mundial, estimado em 10 t anuais, pelo período de seis anos.

Este, no entanto, é apenas um entre dezenas de outros projetos em andamento que podem elevar a Bahia da quarta para a terceira posição entre os produtores de bens minerais no País, atrás apenas de Minas Gerais e do Pará.

Em 2018, apesar da paralisação da lavra e beneficiamento do minério de níquel pela Mirabela ter continuado, assim como a não retomada da produção de ouro pela Santaluz Empreendimentos, empresa controlada pela LeaGold, a passagem da Bahia da 5ª para a 4ª posição do ranking nacional em termos de valor da produção mineral, traduz, por si só, o bom resultado da produção mineral baiana neste ano, pois foi o único estado que cresceu em relação a 2017, quando observados os cinco maiores produtores nacionais.

A CBPM tem atuado como elo importante no conjunto articulado de ações governamentais centradas na interface mineração/indústria, que contempla, também, infra-estrutura física, industrial, energética e incentivos fiscais, a empresa procura atrair para o Estado investimentos privados e empreendimentos minero-industriais baseados no aproveitamento das matérias-primas minerais provenientes das citadas jazidas e depósitos.

A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral – CBPM, tem como Missão, promover o aproveitamento dos recursos minerais da Bahia, com a máxima eficiência social e econômica, em harmonia com a preservação do meio ambiente, contribuindo assim para a geração de emprego e renda, diminuição das desigualdades regionais e melhoria das condições de vida da população baiana.

Para este crescimento da Bahia contribuiu, decisivamente, as áreas em produção arrendadas pela CBPM, o retorno das operações de extração e produção da Mineração Caraíba, o excelente desempenho da Ferbasa, da Magnesita, da Vanádio Maracás e da Lipari Mineração Ltda., entre tantas outras, além da diversificação da sua matriz produtiva mineral.

Os principais objetivos previstos na programação para 2018 foram alcançados, com destaque para o estudo de ambientes geológicos propício a conterem mineralizações dos chamados Minerais Portadores de Futuro (Lítio, Tântalo/Nióbio, Terras Raras e Grafita para Grafeno, entre outros). Deste trabalho resultou, inicialmente, em requerimentos de cinco áreas promissoras para esse bem mineral, as quais deverão ser detalhadas em 2019. Além disso, foi possível consolidar um antigo prospecto potencial para ouro, o Jurema Leste, apresentado, juntamente com o Prospecto Caboclo dos Mangueiros, no PDAC – Prospectors & Developers Association of Canadá e International Convention & Trade Show – 2018, em Toronto/Canadá, maior evento de mineração do mundo e no SIMEXMIN, realizado em Ouro Preto – Minas Gerais, maior simpósio nacional de mineração, além do zinco, cobre e fosfato da região de Irecê/Lapão, recentemente definidos cuja licitação ocorreu em maio pp sendo a empresa Pedra Cinza Mineração a vencedora do processo licitatório.

Neste ano de 2018 o maior destaque na Mineração Baiana ficou por conta do Vanádio (V2O5), importante bem mineral na pauta do estado. Localizado na região de Maracás teve a sua produção batendo todos os recordes previstos, atingindo a maior média mensal desde sua inauguração em 2014, acrescido do preço global, que aumentou substancialmente. Além de superar a meta de produção planejada, com 9,7 mil toneladas/ano de pentóxido de vanádio (V2O5), a empresa Vanádio de Maracás S.A. tem experimentado sensíveis aumentos de produtividade nas suas marcas mensais de produção, que ficou 145% acima do realizado no ano anterior, sendo que o seu preço chegou a alcançar US$ 29,35 por libra peso, um aumento de aproximadamente 282% sobre o preço médio de US$ 7,69 por libra peso registrado em 2017.

De igual forma merece destaque neste ano a negociação e aquisição da Mirabela pelo grupo inglês Appian Capital, que gradativamente vem viabilizando o retorno da produção dessa importante mina de níquel, o que deverá ocorrer no segundo semestre de 2019.

Fonte: CBPM/ADIMB

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