PRODUÇÃO MINERAL – Ibram aponta queda no primeiro trimestre

PRODUÇÃO MINERAL

Ibram aponta queda no primeiro trimestre

“Em época de pandemia, um dos grandes desafios a serem superados pela indústria da mineração, segundo o Ibram, em razão de sua essencialidade no fornecimento de insumos para outras indústrias, é manter as operações de forma responsável e segura, para evitar o desabastecimento de matérias-primas e, ao mesmo tempo, agir para proteger as pessoas com as quais se relaciona”, disse Wilson Brumer, presidente do Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Mineração, ao informar os resultados obtidos pelo setor neste primeiro trimestre de 2020.

vila-rica-parceiro
vila-rica-parceiro
previous arrow
next arrow

De acordo com o levantamento feito pelo Ibram, o setor produziu e exportou menos minério nos três primeiros meses de 2020 do que há um ano. No total, a produção recuou 17% em relação ao 1T19. O faturamento nesse período somou R$ 36 bilhões (excluindo-se petróleo e gás), com destaque para minério de ferro e ouro, com participações de 63% e 11%, respectivamente. “Essa redução teve como contribuição, principalmente, as fortes chuvas que atingiram o País no início deste ano, as diminuições das taxas de crescimento mundiais, as incertezas nos mercados financeiros e os efeitos da pandemia do novo coronavírus”, elencou Brumer.

As exportações também foram 17% menores na comparação do primeiro trimestre de 2019 e 2020, mas a variação cambial e o preço internacional dos minérios ajudaram a igualar o valor, em dólar, dessas transações externas em cerca de US$ 7 bilhões. O aspecto positivo, segundo Brumer, é que “este desempenho no comércio externo fez com que o saldo do setor mineral, de US$ 5,7 bilhões, superasse o saldo Brasil (US$ 5,6 bilhões)”.

De janeiro a março de 2020 a indústria minerária recolheu cerca de R$ 12 bilhões em impostos, encargos e taxas ao setor público. Desse total, mais de R$ 1 bilhão referem-se ao royalty do setor, a CFEM – Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais. No 1º trimestre de 2020 a indústria da mineração registrava 1,9 milhão de postos de trabalho, entre diretos e indiretos.

Tendências

A avaliação do Ibram é de uma tendência de queda no valor da produção para os próximos trimestres, porém com pequenas retomadas nos níveis de produção no último trimestre deste ano, e recuperação gradativa em 2021. “O setor irá, assim, acompanhar as tendências mundiais”, pontua Brumer.

Para Flávio Penido, diretor-presidente do Ibram, “os dados comprovam como o setor mineral tem seu desempenho geral muito associado a fatores internos e externos, mostrando, em vários momentos, a dificuldade em mensurar os impactos imediatos no setor. Não é o empresário minerador ou os acionistas que exercem um controle absoluto sobre o comportamento da produção global, do preço dos minérios, do consumo, entre outros fatores. Talvez por isso a mineração esteja entre os segmentos mais angustiados com o cenário proporcionado pela pandemia e agindo a fundo para revertê-lo o mais breve possível”.

Impactos da pandemia

Conforme salientou Brumer durante a apresentação dos resultados do 1T20, “as mineradoras associadas estão agindo tanto interna quanto externamente para prestar sua contribuição à sociedade na luta contra a expansão do Covid-19. Nas unidades, o setor adotou novos procedimentos para proteger ao máximo a saúde e a segurança dos empregados, terceirizados e prestadores de serviços, com afastamento temporário dos ambientes físicos das empresas. As empresas colaboram com as comunidades próximas e também no plano nacional com a compra e doações de EPIs, de respiradores, de outros equipamentos médicos, de testes para ajudar hospitais e postos de saúde a se prepararem para agir contra a pandemia, com foco em diminuir o impacto do Covid-19 na sociedade brasileira”.

Fonte: Brasil Mineral

COMPARTILHE

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn