Sobre a AGEGO
Histórico da AGECO
No final da década de 60, do século passado, a região Centro-Oeste vivia um momento de muitos investimentos no Setor Mineral com diversos programas regionais de mapeamento geológico e pesquisas minerais capitaneadas pelas empresas estatais e pela iniciativa privada nacional. Este boom mineral proporcionou uma grande movimentação de profissionais, que fermentaram as lides do meio geológico em toda a região. Como consequência, estes geólogos em memorável reunião no dia 10 de dezembro de 1969, na biblioteca do VI Distrito do DNPM em Goiânia, fundaram a AGECO Associacão Profissional dos Geólogos do Centro-Oeste.
A primeira Diretoria teve como presidente o Geólogo Ariplínio Antônio Nilson, cujo mandato foi de 1969 a 1971. Coube a esta Diretoria a tarefa de unir todos os profissionais que atuavam em Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal (naquela época os estados de Goiás e Mato Grosso ainda nãoo tinham sido divididos) e iniciar as nossas lutas pela valorização da categoria, salários dignos, manutenção de empregos, etc. A década de 70 foi marcada, entre outras coisas, pela luta de viés nacionalista dos nossos recursos minerais tendo um dos pilares no saudoso Senador Severo Gomes.
No âmbito da nossa Associação, em seu início, se destacaram os colegas Wanderlino Teixeira de Carvalho, Nelson Guzzo, Carlos Maranhão entre vários outros. Desta época, têm-se a criação do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás, entidade coirmã que alguns tentaram nos expulsar de seus quadros e que a união de todos foi fundamental para assegurar a participação dos geólogos.
Nesta década atuavam na região a CPRM-PGBC, DNPM, RADAMBRASIL, DOCEGEO, MONTITA, MINERAÇÃO PEDRA PRETA, INCO, METAGO, METAMAT, CODEPLAN, etc. Nossas reuniões contavam com a presença de 70 a 100 colegas. Nos eventos sociais, principalmente na ASSEME, o número chegava a 300 (entre geólogos, técnicos de mineração e familiares) para comemorações de fim-de-ano e datas como o Dia do Geólogo (30 de maio).
Este cenário começou a se modificar na década seguinte com a significativa escassez de recursos públicos, consequência da crise econômica do país e de leis e critérios adotados pelas multinacionais, que preferiam investir em outros países, aliados às quedas dos preços de commodities minerais, leis ambientais mais severas, inflação alta, direitos minerais mal regulados, etc. Nestas condições houve uma significativa diminuição da atuação das empresas e dos profissionais na região com reflexos negativos na AGECO, gerando uma apatia e descaso para com a entidade. A sobrevivência foi alimentada por alguns abnegados, que lutaram para que esta luz não se apagasse. Estes remanescentes da época de ouro e outros poucos que abraçaram nossa causa têm a todo custo e com a ajuda de empresas, CREA e SENGE, mantido o funcionamento da AGECO, promovendo cursos, palestras e eventos sociais.