Projeto avalia Província de Lagoa Real, em Caetité
Um grupo de pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) realizaram entre 1° e 25 de novembro as atividades de campo do Projeto Urânio Brasil na região da Província Uranífera de Lagoa Real, em Caetité (BA). O projeto está alinhado à Política Nuclear Brasileira que visa fomentar a pesquisa e prospecção de minérios nucleares no País, com foco no atendimento da demanda interna e exportações.
O trabalho em campo foi feito pelos pesquisadores em geociências Anderson Dourado (Divisão de Geologia Econômica – DIGECO), Basílio Filho (SUREG-SA), Magno Freitas (RETE) e a técnica em Geociências Junia Mesquita (SUREG-SA). Entre os dias 2 e 9 de novembro, a equipe teve o apoio do chefe da Divisão de Geologia Econômica Felipe Mattos Tavares, da Pesquisadora Mônica Freitas do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), do pesquisador Michel Meira (SUREG-SA) e da técnica em Geociências Gersonita Monteiro (SUREG-SA).
As atividades aconteceram em parceria com as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) na Unidade de Concentração de Urânio (URA) Caetité. Os trabalhos foram divididos em duas frentes, sendo que a primeira voltada à descrição sistemática, com amostragem e coleta de dados petrofísicos, de testemunhos de sondagem de diversas anomalias sondadas pela INB. A outra teve como objetivo atividades de campo na região da Província Lagoa Real, com o foco na descrição de anomalias e no cheque de áreas com maior favorabilidade para ocorrência de urânio.
O mercado mundial de urânio tem crescido cada vez mais, com a busca pelas empresas por matrizes energéticas mais alternativas. O diretor do SGB-CPRM, Marcio Remédio, disse que o Brasil dispõe de um grande potencial na área. “O Programa Urânio do Serviço Geológico do Brasil tende a fazer uma avaliação do potencial de exploração do mineral, delimitar as principais áreas da exploração e estimular a mesma com dados assertivos e reduzindo riscos da exploração”, concluiu Remédio.
Desenvolvido Divisão de Geologia Econômica, liderada pelo pesquisador Felipe Mattos Tavares, o programa faz uso de técnicas de modelamento de potencial mineral em escala continental e uso de machine learning, e tem a participação dos pesquisadores Hugo Polo e Raul Meloni, Eduardo Marques, Bruno Calado (Divisão de Geoquímica), Isabele serafim e Iago Costa (Divisão de Geofísica). O projeto atende a uma demanda do Ministério de Minas e Energia para ampliar o conhecimento sobre o potencial do urânio no Brasil.
Fonte: Brasil Mineral