GEOLOGIA – SGB anuncia retomada de projetos aerogeofísicos em 2024


GEOLOGIA

SGB anuncia retomada de projetos aerogeofísicos em 2024

SGB também intensificará os levantamentos geoquímicos que dão suporte aos mapeamentos geológicos regionais.

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Durante participação na abertura do Brazilian Mining Day do PDAC 2024, ocorrido dia 4 de março, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) anunciou que projetos que impulsionam o desenvolvimento do setor mineral brasileiro terão continuidade neste ano. “O SGB retomará em 2024 os levantamentos aerogeofísicos de magnetometria e gamaespectrometria, bem como intensificará os levantamentos geoquímicos que dão suporte aos mapeamentos geológicos regionais”, reforçou o diretor de Geologia e Recursos Minerais do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Valdir Silveira. Na ocasião, Silveira também enfatizou o lançamento pelo SGB da Plataforma de Mapeamento Geológico, que apresenta os mapas já elaborados, além da previsão dos projetos que serão executados.

A programação do Brazilian Mining Day incluiu painéis e palestras sobre temas atuais do setor, pesquisa de commodities minerais vitais para tecnologias de energia de baixo carbono, governança regulatória, segurança jurídica e um painel dedicado aos investimentos em minerais estratégicos no Brasil. Essas atividades ocorrem na Toronto Stock Exchange (TSX), bolsa de valores do Canadá. Segundo Silveira, o evento é grande momento de interação entre profissionais e investidores do setor mineral e um dia para trocas de experiências enriquecedoras para todos. O SGB também comentou sobre a publicação intitulada “An Overview of Critical and Strategic Minerals Potential of Brazil”, disponível no site SGB/PDAC, e que pode ser acessada pelo link https://www.sgb.gov.br/pdac/. O material foi desenvolvido especificamente para compilar os estudos que serão destacados durante o PDAC 2024. O principal objetivo do SGB no PDAC 2024 é apresentar para a comunidade internacional o potencial mineral do Brasil, por meio de palestras técnicas e apresentação de projetos e produtos, além de fortalecer e ampliar a rede de cooperação com instituições de pesquisa internacionais e governos de outros países.

Plataforma de Mapeamento Geológico

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) acaba de lançar a Plataforma de Mapeamento Geológico, uma ferramenta que irá revolucionar o acesso aos dados de mapeamento geológico produzidos no Brasil, de modo a contribuir para o desenvolvimento do setor mineral. Com o novo sistema, o SGB garante maior transparência às atividades em execução, ao mesmo tempo em que apresenta a previsão dos projetos de mapeamento geológico a serem executados em um ciclo de dez anos, seguindo diretrizes do governo federal para uma gestão mais eficiente e responsável. “Essa ferramenta é um marco na nossa história”, destacou o diretor de Geologia e Recursos Minerais (DGM) do SGB, Valdir Silveira, durante participação no Brazilian Mining Day – evento paralelo ao PDAC 2024, que acontece até o dia 6 de março, em Toronto, Canadá. Silveira complementou que “a plataforma consolida, em um único ambiente, todos os produtos para o setor mineral, elaborados pelo SGB e por outras instituições ao longo de 50 anos”.

A plataforma oferece acesso simplificado e intuitivo aos dados, além de garantir transparência ao trabalho do SGB, em alinhamento às práticas de governança ambiental, social e corporativa. “A comunidade acadêmica, investidores, empresas do setor mineral e o setor público em geral poderão obter, de forma fácil e rápida, dados sobre os mapeamentos geológicos realizados no país, além de acompanhar os planejamentos anual e decenal de trabalho”, afirma Silveira.  Essas informações são estratégicas para atrair investimentos e impulsionar o desenvolvimento do setor mineral brasileiro, pois subsidiam a descoberta de novos depósitos minerais e reduzem riscos exploratórios envolvidos na pesquisa de depósitos minerais, garantindo maior segurança aos investidores.
O planejamento do mapeamento geológico anual do SGB prevê a elaboração de estudos em diferentes escalas de trabalho em todas a regiões brasileiras. O orçamento de custeio previsto é de R$ 5,7 milhões e a plataforma permitirá acompanhar os projetos em fase de finalização, em andamento e aqueles que serão iniciados em 2024. “É possível saber informações relevantes sobre os projetos, como unidade responsável, orçamento previsto, estágio de execução e também o plano de gerenciamento”, explica o assessor da DGM Marcos Ferreira. Segundo ele, é um instrumento importante para que o público interessado acompanhe de perto a execução dos mapeamentos e tenha previsibilidade para executar projetos relacionados às áreas em estudo.

O SGB também incluiu na plataforma informações sobre o Plano Decenal de Mapeamento Geológico, o que sinaliza o compromisso do governo federal em fortalecer as atividades para expansão do mapeamento, considerando a importância do conhecimento geológico para o desenvolvimento sustentável do país. O plano mostra três cenários a partir da capacidade operacional do SGB e destinação de orçamento. O objetivo é tornar pública as propostas para ampliação do mapeamento geológico e, dessa forma, fomentar o diálogo sobre as áreas estratégicas com os públicos interessados. Esse planejamento decenal estará sendo construído permanentemente. Está prevista a realização de consultas públicas para que os setores acadêmico, produtivo e público possam opinar sobre a ordem de prioridade das ações.

A plataforma apresenta também dados sobre os projetos de mapeamento geológico (nas escalas de referência (1:100.000 e 1:250.000) executados pelo SGB e outras instituições, como universidades e órgãos estaduais. Os mapas geológicos estão categorizados conforme o ciclo de execução do projeto: 1969-1993, 1994-2002, 2003-atual. Ao clicar em cada unidade, é possível ter informações sobre o projeto, código e nome da folha, instituição executora, escala, ciclo de mapeamento e link para download do material.

A cobertura do mapeamento geológico brasileiro, conforme indicado na Plataforma, é de 27%, na escala de 1:100.000; e de 49%, na escala de 1:250.000. No entanto, quando se observa o embasamento cristalino, a cobertura passa para 42% e 69%, respectivamente. Essas são as áreas com maior probabilidade de serem encontrados depósitos minerais. Os dados apresentados pelo SGB indicam que já foram elaborados mais de 1,1 mil mapas geológicos, nas escalas de referência citadas. A Plataforma de Mapeamento Geológico pode ser acessado pelo https://www.sgb.gov.br/mapeamento_geologico/.

Fonte: Brasil Mineral

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