ANGLOGOLD ASHANTI INVESTE US$120 MILHÕES NO BRASIL

ANGLOGOLD ASHANTI INVESTE US$120 MILHÕES NO BRASIL

AngloGold Ashanti vai investir este ano US$ 120 milhões na ampliação de suas reservas de ouro no Brasil. A maior parte dos recursos serão aplicados em sua maior mina no país, a Mina de Cuiabá, em Sabará (MG), que está em fase de estudos para acessar novos níveis de exploração. Segundo o presidente da companhia, Camilo Lelis Farace, a ideia é chegar a 2,5 mil metros de profundidade até 2028. Hoje, a extração é feita a 1,3 mil metros.

“Esses recursos são usados, basicamente, nos estudos para aprofundar cada vez mais a exploração. Para se ter uma ideia, em um furo de sondagem profunda se gasta US$ 1 milhão. A mina de Cuiabá vai passar por obras de infraestrutura para acessar os novos níveis da cava. Chegando ao nível 32 (2,5 mil metros), a vida útil da mina aumenta substancialmente”, disse ao Valor Farace.

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Hoje, Cuiabá é responsável por 55% da produção da AngloGold Ashanti no Brasil. No ano passado, a companhia extraiu 494 mil onças, ou 15 toneladas de ouro, nas minas no Brasil. O volume foi 11% menor que o apurado em 2017, quando se produziu 555,8 mil onças. “Para este ano, a expectativa é um aumento de 5% a 8% na nossa produção. Nossa previsão é que cheguemos aos níveis de 2017.”

A AngloGold Ashanti, além do complexo de Cuiabá, mantém em Minas operações na cidade de Santa Bárbara – a unidade Córrego do Sítio, onde funcionam uma planta metalúrgica e duas minas (uma a céu aberto e outra subterrânea). No ano passado, essa unidade produziu 114,9 mil onças. Todo o volume extraído nas duas operações é direcionado para a unidade de fundição da empresa, localizada em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O terceiro complexo produtivo da companhia no país está na cidade de Crixás, em Goiás, chamado Mina Serra Grande. Na unidade, existe uma mina subterrânea e uma planta metalúrgica. Em 2018, foram produzidas 129,46 mil onças nesse local.

Farace disse que além dos recursos para aumentar as reservas no Brasil, a companhia está investindo em automação e conectividade em suas minas subterrâneas operadas por aqui. Neste serão aplicados R$ 16 milhões para automatizar os equipamentos, como carregadeiras, usados na operação. “Conseguimos aumentar a produtividade nas minas. São sistemas para transformar os equipamentos em autônomos. Eles serão operados remotamente. Até o final do ano que vem todo a operação no país terá equipamentos conectados e automatizados”, disse Farace.

Segundo o executivo, o Brasil é o segundo dentro da AngloGold Ashanti a contar com essas tecnologias na operação de minas subterrâneas. “A Austrália também tem projetos desse tipo. Isso aumenta e muito a segurança e produtividade das minas.” Atualmente, a companhia emprega 7 mil funcionários no país.

De acordo com a empresa, desde março de 2018, a companhia conta com quarto turno de trabalho. Isso significa que o tempo efetivo de operações no subsolo passou de 17h15 para 20h20 diárias, considerando todos os turnos de trabalho. Esse aumento de quase três horas diárias melhorou a capacidade produtiva e possibilitou a contratação de mais de 100 funcionários, segundo o executivo.

Fonte: Valor

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